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PF apreendeu, com Bendine, joias, celulares e até menu de casamento de Joesley

Agentes vasculharam em julho apartamento em São Paulo e casa em Sorocaba, endereços do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobrás, preso na Lava Jato

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Por Julia Affonso
Atualização:

 Foto: Reprodução/PF

Em meio a computadores, celulares e relógios, a Polícia Federal apreendeu na casa do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobrás, Aldemir Bendine, até um 'menu com inscrição: Ticiana e Joesley - 25 de outubro de 2012'. A data se refere ao dia do casamento do empresário Joesley Batista, da JBS. Os executivos estão presos.

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Bendine foi preso em 27 de julho na Operação Cobra, 42.ª fase da Lava Jato. Naquele dia, a PF fez buscas e apreensões em endereços em São Paulo e em Sorocaba, no interior do Estado, ligados ao executivo. Todo material apreendido foi listado pela PF.

Na capital paulista, a Federal apreendeu joias com certificados de garantia dentro de um cofre. No local havia gargantilhas, aneis, brincos, colar de pérolas e abotoaduras.

A Polícia Federal pegou também DVDs com etiquetas 'confidencial', pen drive e documentos. O item 63, da lista de apreensões da PF, é um 'envelope branco endereçado a Aldemir Bendine, contendo correspondência enviada à presidente Dilma'.

No dia da apreensão, a PF anotou que 'o local estava vazio e foi necessária a chamada de chaveiro para a abertura da porta do apto'.

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"Posteriormente, verificou-se existir depósito na garagem , para o qual também foi necessário serviço de chaveiro. O cofre existente no escritório foi aberto om senha fornecida, via telefone, pelo colega que acompanhava a prisão do sr. Aldemir Bendine. Tanto o cofre quanto a porta como a porta do depósito foram novamente fechadas na presença de testemunhas", descreveu a PF.

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Em Sorocaba, a Federal também apreendeu celulares, pen drives e tablets. No local, a polícia pegou 'um passaporte, República italiana, em nome de Aldemir Bendine'.

O ex-presidente do BB e da Petrobrás é réu sob acusação de receber, da Odebrecht, propina de R$ 3 milhões em três parcelas de R$ 1 milhão entre junho e julho de 2015 enquanto ocupava a Presidência da Petrobrás. Em troca teria agido em defesa dos interesses da empreiteira.

O executivo esteve à frente do Banco do Brasil entre 17 de abril de 2009 e 6 de fevereiro de 2015, e foi presidente da Petrobrás entre 6 de fevereiro de 2015 e 30 de maio de 2016.

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