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Geddel preso chega a Brasília para voltar à Papuda

O ex-ministro será levado ao Instituto Medico Legal e, posteriormente, ao Complexo Penitenciário.

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Por Beatriz Bulla , de Brasília e e Luiz Vassallo
Atualização:

Geddel Vieira Lima desembarca no aeroporto de Brasília.  FOTO ANDRE DUSEK/ESTADAO Foto: Estadão

O ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) desembarcou, às 16h desta sexta-feira, 8, no hangar da Polícia Federal no aeroporto Juscelino Kubitschek, de Brasília, de voo que partiu de Salvador, onde foi preso preventivamente por suspeita de lavagem de dinheiro e organização criminosa, a mando do juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara do Distrito Federal, no âmbito da Operação Cui Bono?. Ele agora será levado ao Instituto Medico Legal e, posteriormente, ao Complexo Penitenciário da Papuda.

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O peemedebista estava em regime domiciliar, por decisão do desembargador Ney Belo, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, desde o dia 13 de julho. Ele havia sido preso dez dias antes por supostamente pressionar o doleiro Lúcio Funaro a não firmar acordo de delação premiada.

Após Operação Tesouro Perdido, da Polícia Federal, que culminou com a maior apreensão da história brasileira, no valor de R$ 51 milhões, o magistrado de Brasília mandou Geddel de volta para a cadeia.

Geddel. FOTO ANDRE DUSEK/ESTADAO Foto: Estadão

O dinheiro foi encontrado em apartamento, em Salvador, que ficava a pouco mais de um quilômetro da residência do ex-ministro.

O empresário Silvio Antônio Cabral Silveira admitiu à Polícia Federal ter emprestado o apartamento a Geddel.

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Digitais do peemedebista foram encontradas nas notas que preencheram as malas e caixas apreendidas pela PF. As marcas dos dedos do diretor da Defesa Civil de Salvador, Gustavo Pedreira Couto Ferraz, também preso e exonerado nesta sexta-feira, 8, foram identificadas em sacolas plásticas que envolviam o montante. O ex-agente público é apontado como homem de confiança do PMDB da Bahia e interposto do ex-ministro no suposto recebimento de propinas.

No âmbito da Cui Bono?, Geddel e Eduardo Cunha são investigados por supostamente tomar propinas de empresas para a liberação de empréstimos bilionários da Caixa Econômica Federal no período em que o peemedebista foi vice-presidente de Pessoa Jurídica do banco, entre 2011 e 2013, em meio ao governo Dilma Rousseff.

Em delação, o doleiro Lúcio Funaro alega ter repassado R$ 20 milhões em dinheiro vivo ao peemedebista. A versão dele é corroborada pelo empresário Joesley Batista, da JBS.

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