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Federais atribuem queda de Segovia a 'declarações conturbadas'

Federação Nacional dos Policiais Federais diz receber com 'naturalidade' a demissão do diretor-geral da corporação e declara apoio a Rogerio Galloro, novo chefe da PF

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Por Luiz Vassallo , Julia Affonso e Fabio Serapião
Atualização:

Fernando Segóvia. FOTO: ZECA RIBEIRO/CÂMARA DOS DEPUTADOS Foto: Estadão

A Federação Nacional dos Policiais Federais afirmou, por meio de nota, nesta terça-feira, 27, receber 'com naturalidade a troca de comando da Polícia Federal anunciada nesta terça-feira, 27, pelo recém-empossado ministro da Defesa Raul Jungmann'. Fernando Segovia foi demitido após declarações envolvendo inquérito que investiga o presidente Michel Temer.

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"Na avaliação da entidade, diversos acontecimentos contribuíram para um desgaste da gestão de Segóvia. O então diretor assumiu a pasta em um momento de crise política. Na segurança pública, teve de enfrentar a resistência dos próprios pares e, recentemente, fez declarações conturbadas sobre o trabalho de investigação desempenhado pela Polícia Federal", afirma.

Segundo a FENAPEF, o Galloro 'é considerado um perfil operacional, discreto e com bom relacionamento com os servidores do Órgão'. "Tem se destacado pela dedicação nos setores onde foi lotado. É reconhecido pelos colegas como um nome qualificado para desempenhar as importantes atribuições da função e chegou a ser cogitado pelo Presidência da República na ocasião da última troca de comando da Polícia Federal, em setembro de 2017".

"A Fenapef agradece o empenho de Fernando Segóvia à frente do cargo e seu esforço em honrar os compromissos que assumiu com os policiais federais e deseja ao novo diretor-geral, Rogério Galloro, sucesso em mais essa missão", diz.

"A expectativa da Federação, especialmente diante da criação do Ministério da Segurança Pública, é que se inicie um debate profundo sobre o modelo de segurança pública brasileiro, assim como a busca pela integração nacional de todas as forças policiais, para combater a corrupção e as organizações criminosas do País", conclui.

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Demissão. Segovia, aliado do ex-senador José Sarney (MDB-AP), ficou à frente da PF pouco menos de quatro meses. O delegado tomou posse em 20 de novembro do ano passado.

 A demissão de Segovia foi decidida pelo ministro Raul Jungmann, que tomou posse nesta terça-feira, 27, no comando do novo Ministério Extraordinário da Segurança Pública, Pasta que incorporou a Polícia Federal, então atrelada à estrutura do Ministério da Justiça.

Durante os quatro meses em que permaneceu no cargo, Fernando Segovia protagonizou episódios polêmicos. No momento de maior crise, Fernando Segovia teve que se explicar ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, uma declaração à agência Reuters.

A fala de Segovia sugeria que a tendência da Polícia Federal era recomendar o arquivamento do inquérito contra o presidente Michel Temer, no caso do Decreto dos Portos. O delegado afirmou ainda que poderia abrir investigação interna para apurar a conduta do delegado Cleyber Malta Lopes, responsável pelo inquérito.

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