Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

Bloqueio de contas no Principado atinge também sucessor de Cerveró

Jorge Luiz Zelada, ex-diretor de Internacional da Petrobrás, aparece em comunicado do governo de Mônaco à Procuradoria-geral da República no Brasil

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Jorge Zelada prestou depoimento à CPI da Petrobrás no Senado, em maio de 2014. Foto: Ed Ferreira/Estadão

Por Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba, Fausto Macedo, Julia Affonso e Andreza Matais

PUBLICIDADE

A ordem de bloqueio da fortuna que o ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque mantinha na Suíça e transferiu para Mônaco, no final de 2014, atingiu também uma conta do ex-diretor de Internacional da estatal Jorge Luiz Zelada, sucessor de Nestor Cerveró.

Carta Rogatória Internacional, datada de 3 de fevereiro deste ano, assinado pelo procurador da República Deltan Dallagnol - coordenador da força-tarefa da Lava Jato, listou uma conta de Zelada entre aquelas a serem bloqueadas no banco Julius Baer Mômica, instituição financeira no Principado.

Renato Duque chega à Polícia Federal - Foto: Márcia Foletto/Ag. O Globo.

A ordem de prisão de Duque traz os pedidos brasileiros e as determinações das autoridades internacionais. Quem determinou o bloqueio foi o juiz Pierre Kuentz, juiz de instrução do Tribunal de Primeira Instância de Mônaco datada de 10 de fevereiro.

Foram alvos dos pedidos de bloqueio duas contas em nome da Rockfiel Internacional, com 11,5 milhões de euros, uma conta em nome de Zelada, com 32,3 mil euros, uma conta em nome da Milzarte Overseas Holdings Inc, com 10,2 milhões de euros, e uma em nome de Pamore Assets Inc - controladas por Duque, tinha 10,2 milhões, segundo a Lava Jato.

Publicidade

 Foto: Estadão

Em 2011, Duque acionou a Internacinal Corporate Structuingt para alterar offshores abertas no Panamá, a Milzart Overseas Holdings Inc, "cujo beneficiado econômico é ele".

Mônaco é uma cidade-Estado, paraíso-fiscal situado no sul da França. Em setembro de 2007, o ex-banqueiro italiano Salvatore Cacciola, protagonista do escândalo do Banco Marka, foi preso pela Interpol no Principado. Condenado a 13 anos de prisão no Brasil por desvio de dinheiro público e gestão fraudulenta de instituição financeira, o ex-dono do banco Marka estava foragido da Justiça brasileira ficou 7 anos foragido, desde o ano 2000.

 Foto: Estadão

___________________________________

VEJA TAMBÉM:

Publicidade

Delator diz que pagou R$ 120 mil para Zelada, sucessor de Cerveró

PF apreende 131 obras de arte na casa de Duque

'Que País é esse?' prende 'Marcos Valério' do esquema Delta

Defesa diz que vai pedir revogação da ordem de prisão de Duque

Reação de Duque ao ser preso pela 1ª vez inspira nome da nova etapa da Lava Jato

Publicidade

_____________________________________

 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.