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'A jararaca tá viva', diz ex-presidente

Lula, alvo da Operação Aletheia, 23.ª fase da Lava Jato, foi conduzido coercitivamente pela Polícia Federal para depor em uma sala no Aeroporto de Congonhas

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Foto do author Julia Affonso
Foto do author Fausto Macedo
Por Julia Affonso e Fausto Macedo
Atualização:

Lula discursa na sede do PT. O ex-presidente foi levado para depor pela manhã. Foto: Reprodução

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pego nesta sexta-feira, 4, na Operação Aletheia - nova fase da Lava Jato - disse que se sentiu ultrajado. Ele foi conduzido coercitivamente pela Polícia Federal para depor em uma sala no Aeroporto de Congonhas. A PF e a Procuradoria da República investigam Lula por suspeita de ter recebido presentes milionários de empreiteiras que formaram cartel na Petrobrás entre 2004 e 2014. O depoimento do petista se prolongou por mais de três horas.

"Eu me senti ultrajado, como se fosse prisioneiro, apesar do tratamento cortês do delegado da polícia federal."

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Lula mandou um recado."Se quiseram matar a jararaca, não bateram na cabeça, bateram no rabo. A jararaca tá viva, como sempre esteve."

O ponto central da Operação Aletheia, ápice da Lava Jato, é o patrimônio supostamente oculto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A força-tarefa da Procuradoria da República revela que o petista, ainda no exercício da Presidência, em 2010, adquiriu dois sítios no município de Atibaia, interior de São Paulo, 'mediante interpostas pessoas', pelo valor de R$ 1.539.200.

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Os investigadores apontam 'fortes indícios' de que, entre 2010 e 2014, Lula recebeu pelo menos R$ 770 mil 'sem justificativa econômica lícita' do pecuarista e amigo dele José Carlos Bumlai - preso desde 24 de novembro na Operação Passe Livre, desdobramento crucial da Lava Jato que apontou para o suposto envolvimento do ex-presidente no esquema de corrupção instalado na Petrobrás.

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