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Ex-peemedebista é cotado para nº 2 da PF

Delegado Sandro Avelar é presidente da Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal e foi secretário de Segurança do DF; no comando da corporação, Fernando Segóvia discute composição de sua diretoria

Por Fabio Serapião e BRASÍLIA
Atualização:

Delegado Sandro Avelar, cotado para ser o número 2 da PF. FOTO: REPRODUÇÃO Foto: Estadão

O novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, já discute a composição de sua diretoria. O Estado apurou que o cargo de diretor executivo já está quase definido. O novo número 2 na hierarquia da PF deve ser o delegado Sandro Avelar.

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Atualmente na presidência da Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Avelar foi secretário de Segurança do Distrito Federal na gestão de Tadeu Filippelli (PMDB), alvo da Lava Jato e ex-assessor do presidente Michel Temer. O delegado ficou no cargo de secretário entre 20011 e 2014, quando saiu para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PMDB - partido do qual se desfiliou após a disputa em que recebeu 21.888 votos e não se elegeu.

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Uma das principais diretorias, a de Combate ao Crime Organizado, tem como principal nome cotado o delegado Eugênio Ricas, que foi o número 2 de Segóvia na Superintendência da PF no Maranhão, entre 2008 e 2011. Atualmente, Ricas ocupa o cargo de secretário estadual de Controle de Transparência do Espírito Santo.

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A Diretoria de Combate ao Crime Organizado é a responsável pelas delegacias que tocam as operações de combate a corrupção em todo Brasil. Caso seja nomeado, Ricas terá de escolher o novo coordenador de combate à corrupção da PF. O cargo foi criado recentemente por Leandro Daiello, antecessor de Segóvia, e tem como função centralizar as investigações de combate a crimes financeiros e corrupção.

Ex-corregedor da PF, o delegado Cláudio Ferreira Gomes é o nome mais cotado para a Diretoria de Inteligência Policial. Além de atuar na corregedoria, Gomes já foi superintendente da PF na Paraíba.

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Perfil. Delegados ouvidos pelo Estado apontam Segóvia como um delegado com um perfil mais administrativo do que operacional. Nos 22 anos na corporação, o novo diretor da PF passou a última metade em cargos administrativos. Para um dos delegados, Segóvia pode contribuir para que a instituição consiga angariar recursos e apoio político para manter atuação na área operacional.

Entre 2008 e 2011, Segóvia comandou a Superintendência no Maranhão. Nesta época, a PF realizou operações - Rappina e Boi Barrica - contra pessoas ligadas à família do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP).

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Dois delegados afirmaram ao Estado que Segóvia é uma pessoa com habilidade para negociações e conversas. Como exemplo, um dos delegados citou o caso da reserva Raposa Serra do Sol, quando Segóvia foi o responsável por intermediar a disputa entre fazendeiros e índios.

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Com 48 anos, o delegado entrou na PF em 1995. Foi chefe da Coordenação-Geral de Defesa Institucional e do Serviço Nacional de Armas, entre 2003 e 2007  - atuou no controle de armas e foi um dos nomes da PF na campanha de desarmamento no governo Lula. Foi adido na África do Sul e número 2 na corregedoria da PF, onde estava lotado ultimamente.

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