Zveiter diz que voto alternativo na CCJ foi em 'defesa do Planalto'

Relator da denúncia na CCJ corrigiu uma fala anterior, em que disse que o voto alternativo era 'originário' do Planalto; advogado de Temer esteve com deputados autores do voto antes da sua apresentação

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Por Julia Lindner e Daiene Cardoso
Atualização:

BRASÍLIA - O relator da denúncia contra o presidente Michel Temer, Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), disse, nesta quinta-feira, 13, que o voto alternativo ao seu parecer apresentado por governistas foi "em defesa do Palácio do Planalto", e não "originário no Palácio", como disse inicialmente. Zveiter fez a retratação após protestos de parlamentares contrários à denúncia, que se sentiram ofendidos com a afirmação. O relator pediu para retirar a frase das notas taquigráficas.

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Um dos advogados de Temer, Gustavo Guedes, participou de uma reunião com deputados do PMDB esta semana para elaborar um voto em separado apresentado por parte da bancada para contrapor o relatório de Zveiter. O advogado, no entanto, negou ter participado da elaboração do texto.

PLACAR Veja como votarão os deputados

Após as falas do relator e da defesa, o presidente do colegiado, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) determinou um intervalo de 40 minutos para almoço. Depois, por volta das 15h30, deve ser aberta a fase de votação. Nesta etapa, dois parlamentares poderão falar a favor e contra o parecer de Zveiter pela admissibilidade da denúncia. Também será feita orientação de bancadas pelo prazo de até um minuto.

Deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) Foto: AFP PHOTO / SERGIO LIMA

Para que o parecer seja aprovado é necessária maioria simples de acordo com o número de presentes no momento da votação, que ocorre por meio de painel eletrônico. Em caso de rejeição, serão apreciados os votos em separado apresentados por outros integrantes da CCJ, que também precisam do apoio da maioria. Independentemente do resultado do parecer, a denúncia terá de ser votada no plenário da Casa, onde precisará de 342 votos para ser enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF). O resultado na CCJ, no entanto, tem forte peso político e servirá de termômetro para o Palácio do Planalto. 

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