Zeca do PT recorre de ação do MP por desvio de verba

Ex-governador de MS é acusado de promover esquema de desvio de dinheiro similar ao mensalão

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Por JOÃO NAVES
Atualização:

O ex-governador do Mato Grosso do Sul José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, entrou na Justiça com mais um recurso visando a suspender a segunda ação que tramita contra ele. São duas as ações movidas pelo Ministério Público Estadual que o apontam como responsável pelo desvio de dinheiro público, apoiado por agências de publicidade.    Veja Também: Entenda o mensalão do Zeca do PT A primeira foi trancada por determinação do desembargador João Batista da Costa Marques no dia 26 de outubro. Ele agora quer o mesmo benefício para a segunda. Na última quarta-feira, o advogado de Zeca do PT, Newley Amarilha, pediu para o Tribunal de Justiça considerar na segunda ação os mesmos efeitos do habeas-corpus da primeira. As alegações são de que seu cliente é vítima da ânsia de vingança da ex-coordenadora de despesas da Secretaria de Coordenação Geral, Salete Terezinha de Lucca, e de que as contas do ex-governador foram todas aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado. Conforme denúncia do Ministério Público Estadual, entre as provas contra os acusados existem R$ 150 mil em notas fiscais de materiais gráficos confeccionadas pela Gráfica Quatro Cores, com sede em Uberaba (MG), constada como empresa fantasma. As notas foram apresentadas como comprovantes de trabalhos realizados pela 2000 Publicidade. Estão denunciados na segunda peça judicial Zeca do PT, Ana Lúcia Rodrigues Rosa Tavares (servidora da Subsecretaria de Comunicação), Ivanete Leite Martins (servidora da área financeira), José Roberto dos Santos (chefe de gabinete), Oscar Ramos Gaspar (ex-subsecretário de Comunicação), Raufi Jaccoud Marques (ex-secretário da Casa Civil), Geraldo Palhano Maiolino (sócio da agência 2000 Publicidade) e Hugo Sérgio Siqueira Borges (proprietário da Gráfica Sergraph). Delcídio O senador Delcídio do Amaral e o deputado federal Antônio Carlos Biffi, ambos do PT, entraram com ação na Justiça a fim de exigir explicações do ex-secretário de coordenação geral do Mato Grosso do Sul Raufi Marques e a ex-coordenadora de despesas da secretaria Salete Terezinha de Lucca, sobre a inclusão de seus nomes em livros de registro associados a um esquema semelhante ao do "mensalão" no Estado. Segundo a acusação do Ministério Público do Mato Grosso do Sul, o desvio de dinheiro desta vez teria sido mantido durante os oito anos do governo de José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, conforme consta nos livros.

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