
29 de outubro de 2010 | 08h37
Quando o tema sorteado foi "corrupção", a candidata indagou Agnelo sobre a sua chapa, que reúne deputados acusados de envolvimento no "mensalão do DEM". O petista respondeu que seus aliados são "ficha limpa" e voltou a defender o vice na coligação, Tadeu Filippelli (PMDB), ex-aliado de Joaquim Roriz.
No bloco seguinte, o petista questionou Weslian sobre depoimentos exibidos pelo programa do PSC, em que pessoas o acusam de envolvimento em desvios de recursos durante sua passagem pelo Ministério do Esporte. "Doutor Agnelo, quero ser franca com o senhor, as verdades que são ditas, não fica escondida de ninguém, se aconteceu e mostrou, é porque existe, ninguém vai pra TV contar o que não existe", afirmou a ex-primeira dama.
Agnelo rebateu o comentário, dizendo que as denúncias são "mentirosas, sórdidas", feitas por pessoas com "ficha policial". "A coisa melhor que tem é a gente não ter nada o que acusar... a gente, é lógico", devolveu Weslian, na tréplica. Em outro momento, ela cometeu gafes, como chamar o petista de "nosso candidato" e "governador".
Weslian também usou o tempo para defender a gestão de seu marido à frente do Palácio do Buriti. "No governo de Joaquim, fizemos programas, pretendo investir mais nesses projetos", disse, ao comentar iniciativas de segurança pública. Ao falar de transporte público, afirmou: "Meu marido construiu o metrô, meu marido fez muita coisa boa nesse governo. Fique seguro que eu sei como é que as pessoas andam na cidade." Weslian também prometeu trabalhar para que a saúde no DF volte a ser "primeiro mundo, que nem no governo do meu marido".
O petista disse que vai assumir a Secretaria de Saúde e criticou uma das principais vitrines de campanha da adversária, a Cidade da Saúde, que funcionaria como um complexo hospitalar de atendimento à população. "A população precisa saúde em todas as cidades, e não da Cidade da Saúde", alfinetou.
Weslian foi catapultada à disputa ao governo do Distrito Federal nove dias antes do primeiro turno. Virou cabeça de chapa após o impasse no Supremo Tribunal Federal (STF) quanto à vigência da Lei da Ficha Limpa, que barrou Joaquim Roriz.
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