PUBLICIDADE

Waldomiro Diniz é indiciado por tráfico de influência e extorsão

Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia Federal indiciou o ex-assessor parlamentar da Presidência da República, Waldomiro Diniz e o empresário paulista Rogério Buratti por tráfico de influência e concussão (extorsão praticada por servidor público), na renovação do contrato entre a Caixa Econômica Federal e a multinacional americana Gtech para operação da rede de loterias do País. Buratti foi secretário de governo da Prefeitura de Ribeirão Preto em 1993, quando era prefeito o atual ministro da Fazenda, Antônio Palocci. Indicado por Waldomiro, ele teria cobrado uma propina de R$ 6 milhões para facilitar o negócio, conforme as investigações da Polícia O delegado Antônio César Nunes, encarregado do caso, informou que pretende concluir o inquérito até terça-feira. Ele ainda decidirá se convoca a diretoria da Caixa, inclusive o seu presidente, Jorge Mattoso, para depôr. Mattoso, assim como o bicheiro Carlinhos Cachoeira, segundo o delegado, ainda não estão livres do indiciamento porque falta ser fechado o cruzamento de dados sobre os crimes de corrupção e gestão fraudulenta e temerária, entre outros. "Eles não se enquadram nesses crimes já fechados, mas o inquérito ainda não está concluído", explicou. Segundo Nunes, o mesmo vale para a diretoria da Gtech. Waldomiro foi demitido do cargo, a pedido, em 13 de fevereiro, após a divulgação de uma fita de vídeo em que ele aparece pedindo a Carlinhos Cachoeira propina para si e doações de campanha para candidaturas do PT na eleição de 2002. Na época em que o vídeo foi gravado, 2001, Waldomiro era diretor da Loteria do Estado do Rio (Loterj), no governo Anthony Garotinho.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.