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VPR participou de 3 dos 4 sequestros que libertaram presos políticos

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Por Redação
Atualização:

A Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) esteve em três dos quatro sequestros de diplomatas ocorridos durante a ditadura, que permitiram a libertação de 115 presos políticos. Além dos embaixadores Enfried Von Holleben (Alemanha Ocidental) e Giovanni Enrico Bucher (Suíça), sequestrou o cônsul japonês em São Paulo, Nobuo Oguchi, com a Rede (Resistência Democrática) e o MRT (Movimento Revolucionário Tiradentes). Tentou ainda, sem sucesso, sequestrar o cônsul dos EUA em Porto Alegre, Curtis Cutter. Em seus quadros, atuavam ex-militares com treinamento de combate, como o ex-capitão do Exército Carlos Lamarca, morto em 1971 na Bahia, já integrante do MR-8. Muitos dos ex-integrantes das Forças Armadas que integravam a VPR tinham sido cassados após 1964, como os ex-sargentos Onofre Pinto e Darci Rodrigues, por supostas ligações com a esquerda no governo João Goulart. A VPR foi criada em 1967, extinta no início de 1969 para formar a VAR-Palmares e recriada no mesmo ano. É dada como extinta desde 1973. AJUDA BRITÂNICA Mais antigo dos serviços de informações das Forças Armadas, o Cenimar surgiu em 1947, com o nome de Serviço de Informações da Marinha (SIM). Foi montado com ajuda britânica e era considerado altamente eficiente. Corria nas Forças Armadas a lenda de que, em um navio da Marinha do Brasil, nem o comandante sabia quem era o agente do Cenimar embarcado. Depois de 1964, notabilizou-se como órgão de repressão política e foi acusado de manter centros de tortura. Mudou de nome e, presumivelmente, de doutrina nos anos 80, após a queda do regime militar, ocorrida em 1985, passando a se chamar Centro de Inteligência da Marinha.

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