Voto impresso é 'retrocesso', diz presidente do TSE

PUBLICIDADE

Por Felipe Recondo
Atualização:

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio Mello, reagiu hoje à aprovação de um projeto de lei pela Subcomissão Especial de Segurança do Voto Eletrônico da Câmara que determina a impressão do voto dado por um eleitor na urna eletrônica e abre a possibilidade para auditoria em pelo menos 2% das urnas. "O TSE vê nesse projeto um retrocesso", afirmou Marco Aurélio. Ele avaliou que a proposta foi encampada por políticos derrotados nas eleições passadas. "O que eu vejo é que estamos na contramão. Nós precisamos corrigir no Brasil o que não está dando certo", disse. "Há algo oculto nessa tentativa de se menosprezar o que aponto que hoje é orgulho nacional", afirmou. O ministro alertou que a lei pode ser considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) porque permitiria ao mesário saber qual foi o voto dado pelo eleitor em caso de reclamação. Para ter validade, a lei ainda precisa ser aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e pelo plenário para depois ser enviada ao Senado. Em 2002, parte das urnas eletrônicas tinha uma impressora acoplada. Na época, houve problemas no sistema e formaram-se longas filas nas seções. O então presidente do TSE Nelson Jobim admitiu os problemas e pediu ao Congresso que a lei que obrigou a impressão dos votos fosse derrubada.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.