Votar na CCJ antes do dia 9 é ''''pouco provável''''

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Ao divulgar ontem o cronograma de votação da emenda constitucional que prorroga a CPMF, o DEM, ao contrário do PSDB, deu provas de que pretende dificultar a vida do governo, pelo menos na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O presidente da CCJ, senador Marco Maciel (DEM-PE), ao lado da senadora Kátia Abreu (DEM-TO), relatora da emenda, admitiu ser "pouco provável" votar o parecer antes do dia 9 de novembro, quando expira o prazo regimental de 30 dias na comissão. "Tudo vai depender dos nossos trabalhos", afirmou Maciel, exibindo uma lista enorme de pedidos de audiências públicas - envolvendo ministros, economistas e empresários - feitos por integrantes da CCJ. Os senadores da oposição sabem que a exigüidade dos prazos de tramitação da emenda é o principal trunfo para deixar o Palácio do Planalto confuso e impor a negociação. O aumento dos gastos públicos e o crescimento da arrecadação com impostos são dois pilares do discurso de Kátia Abreu para pregar o fim da CPMF. Ela ressaltou também que seria inócuo excluir da cobrança do tributo as movimentações financeiras de pessoas isentas do Imposto de Renda. "O mesmo cidadão vai pagar a CPMF embutida na compra do quilo de café, do arroz e de outros produtos de consumo. Ali está embutida toda a carga tributária e a CPMF", disse. Kátia Abreu vai protocolar seu parecer no dia 30, mas Maciel não adiantou quando o texto será apreciado pela CCJ.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.