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Votação sobre Instituto Lula na Câmara Municipal de SP termina em confusão

Militantes dizem que foram agredidos por vereador Roberto Tripoli, que nega a acusação

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Por Isadora Peron
Atualização:

SÃO PAULO - Uma manifestação na Câmara Municipal contra a doação de um terreno pela Prefeitura de São Paulo ao Instituto Lula terminou em confusão na tarde desta quarta-feira, 18.

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Dois integrantes do movimento Revoltados ON LINE acusam o líder do governo, Roberto Tripoli (PV), de tê-los agredido fisicamente. Um deles, Maykon Percidio, alega ter levado um "murro na boca". O outro, Marcelo Reis, diz ter sido empurrado. O vereador nega as acusações e diz que tudo não passou de uma discussão acalorada.

"Tá sangrando?", perguntou Tripoli aos jornalistas ao ser questionado se ele realmente havia acertado Percidio. "Houve agressão (verbal) da minha parte e da dele. Nós trocamos palavras aos gritos, mas depois pedimos desculpas um para o outro e nos abraçamos", explicou.

Cerca de dez integrantes de movimentos anticorrupção se reuniram no plenário da Câmara para impedir a votação do projeto do prefeito Gilberto Kassab (PSD) que pretende doar uma área pública de 4,3 mil m² no centro de São Paulo para a construção de um museu batizado de Memorial da Democracia, que abrigaria o acervo pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Aos gritos, os manifestantes pediram a suspensão da sessão e uma audiência pública para discutir a questão. Eles chegaram a entregar um documento aos vereadores com as explicações de por que eram contra o projeto.

Segundo Carla Zambelli, do movimento NASRUAS, a população da região da Luz, onde fica o terreno, não precisa de um museu, e sim de escolas, hospitais ou de um centro de recuperação para dependentes químicos, devido à proximidade com a cracolândia.

Apesar do protesto, o projeto avançou. Ele foi aprovado nesta quarta-feira, em primeira votação. A proposta ainda precisa ser votada novamente em plenário antes de ir à sanção do Executivo. Antes dessa segunda votação, no entanto, deverá acontecer a audiência pública reivindicada pelos manifestantes.

Assista abaixo ao vídeo do tumulto. Crédito: Obe Fainzilber, do movimento NASRUAS

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