Vitória tem disputa entre delegado e ex-prefeito

Lorenzo Pazolini (Republicanos) e João Coser (PT) protagonizaram troca de acusações durante a campanha

Por Vinícius Rangel
Atualização:

VITÓRIA - O segundo turno na disputa pela prefeitura de Vitória, no Espírito Santo, foi marcado por inúmeras trocas de acusações entre os candidatos Lorenzo Pazolini (Republicanos) e João Coser (PT).

Delegado, Pazolini levanta a bandeira da segurança pública como uma das principais ações de sua campanha. Apesar de alguns ideais bolsonaristas, ele negou nos últimos dias que seria o candidato do presidente Jair Bolsonaro.

Pazolini, do Republicanos, tem dianteira nas pesquisas contra Coser, do PT, mas candidatos estão em empate técnico 

PUBLICIDADE

Já Coser, que foi eleito prefeito de Vitória em 2004 e reeleito em 2008, não mediu esforços para exaltar o partido, o PT. “Sou do Partido dos Trabalhadores há 40 anos. Sempre governamos para as pessoas mais necessitadas. Falo com orgulho e quero dar seguimento na área social”.

A mais recente pesquisa Ibope, do dia 23, trouxe Lorenzo Pazolini com 48% das intenções de voto, ante 43% de Coser. Como a margem de erro é de quatro pontos porcentuais, para mais ou para menos, o quadro é de empate técnico.

A pesquisa entrevistou 602 eleitores entre dos dias 21 e 23 de novembro, e o nível de confiança é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro. O levantamento, encomendado pela TV Gazeta, foi registrado no Tribunal Regional Eleitoral sob o protocolo Nº ES‐05907/2020.

Campanha teve tom agressivo

Um ato de Pazolini antes de começar a campanha foi explorado pelo adversário. O deputado estadual “invadiu” um hospital com outros colegas durante a pandemia do novo coronavírus.

Publicidade

“Ele foi lá depois de uma orientação do presidente, que disse que não acreditava na ciência e achava que era um doença simples”, disse Coser, lembrando a fala de Bolsonaro de que os hospitais não estavam cheios de pacientes infectados com a covid-19.

Em outro debate, Pazolini acusou Coser de fazer comentários – alguns subentendidos – difamando a imagem e a honra de sua mãe. O petista se esquivou de novas falas sobre o assunto e disse que o delegado estaria sendo “leviano”. Ambos usaram tons agressivos. A expressão “fake news” foi muito usada entre os dois durante a campanha. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.