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Virgílio: PSDB vai obstruir votação de matérias 'lesivas'

Por Christiane Samarco
Atualização:

O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), anunciou hoje, durante sessão do Congresso Nacional destinada a votar o Orçamento de 2008, que seu partido vai obstruir a votação de todas as matérias consideradas "lesivas" ao País e não participará mais de nenhuma reunião no gabinete da presidência convocada pelo presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN). "Não queremos mais a interlocução com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). A decisão é minha e é unânime na minha bancada. Não permitiremos mais o tráfego e o tráfico de MPs (medidas provisórias) nesta Casa", disse. Na presidência da sessão, Garibaldi respondeu ao tucano. "Pretendo continuar a ser um presidente independente. Não vou me submeter nem à exorbitância como a oposição se comportou ontem, nem às ameaças e aos recados do Presidente da República. Quero dizer para terminar, porque não quero polemizar, que o importante agora é votar o Orçamento e que graças a Deus ele será votado por acordo. Quero dizer ao senador Arthur que, se não pretende entrar no gabinete, que se junte a mim, dentro ou fora do meu gabinete, para que possamos combater as medidas provisórias que estão atravancando a pauta da Câmara e do Senado", enfatizou. Garibaldi disse que deseja votar os vetos presidenciais que estão na pauta. "Não interessa que, votando, eu possa ter a incompreensão de alguns e do próprio governo, que certamente está muito bem acomodado com a situação de não votação dos vetos. Não apenas este governo, mas os últimos que por aqui passaram. Quero dizer ao senador Arthur que, queira ou não o governo, vamos votar os vetos que estão aí encalhados". Garibaldi completou elogiando o líder tucano. "Senador Arthur, Vossa Excelência é um bravo. Não merece ficar isolado. Vamos ter que ficar unidos. Ou nos unimos e damos as mãos, ou não vamos recuperar a credibilidade perdida. O que aconteceu ontem à noite no Senado foi constrangedor, mas não há dono da verdade". O senador afirmou também que "não está presidindo o Congresso para fazer o jogo de ninguém".

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