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Virgílio pede mais tempo e pode atrasar votação do caso Renan

Relator na CCJ, tucano quer mais tempo para examinar caso dos 'laranjas' e pode não entregar parecer até 5ª

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Por Redação
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A oposição pretende atrapalhar a estratégia do governo de votar nesta quinta-feira pedido de cassação do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no plenário do Senado.O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), informou ao presidente interino, senador Tião Viana (PT-AC), que não apresentará esta semana à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) seu parecer sobre a legalidade do processo contra Renan, segundo fontes consultadas pela Agência Estado. A atitude do líder do PSDB contrasta com a estratégia do governo que deseja encerrar o caso Renan antes da votação em primeiro turno da emenda constitucional que prorroga a CPMF.Com a participação ativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Palácio do Planalto fechou na quarta-feira um acordo para criar o que considera ser o clima político ideal para salvar o mandato de Renan e votar a prorrogação do tributo, segundo reportagem do Estado publicada no último sábado.  Pelo acordo, o senador considera "fato consumado" a renúncia à presidência do Senado, o PMDB dá o maior número possível de votos para salvar o mandato do ex-presidente do Senado e ajudar na prorrogação da CPMF, e a bancada do PT, com 12 senadores, aproveita que o voto é secreto para também descarregar a maioria dos votos a favor de Renan. Veja também: Cronologia do caso  Entenda os processos contra Renan   Conselho recomenda cassação de Renan no 3º processo Íntegra do relatório do senador Jefferson Péres Conselho arquiva caso Schincariol contra Renan Renan acerta com Planalto renúncia à presidência Virgílio foi indicado relator do processo contra Renan pelo presidente da CCJ, Marco Maciel (DEM-PE). Ele argumentou que precisará de mais tempo para examinar o processo porque trata-se de uma matéria delicada. Além disso, lembrou que esta semana estará envolvido com o Congresso e Convenção Nacional do PSDB. Arthur Virgílio disse a Tião Viana e Marco Maciel, segundo fontes, que estará atuando na mobilização dos convencionais e, portanto, terá que adiar a votação de seu parecer para a próxima semana. Sessão aberta, voto fechado A sessão que julgará o senador  pela acusação de que ele usou "laranjas" para comprar emissoras de rádio em Alagoas será aberta. No entanto, a votação do caso continuará secreta. Desta vez, o julgamento do terceiro processo contra Renan será em sessão aberta no plenário do Senado, já que foi aprovado um projeto de resolução que alterou o regimento interno da Casa. No primeiro processo - do qual o senador foi absolvido - a sessão foi secreta. Já a votação continuará sendo secreta. Para que isso mude, o Congresso precisa aprovar uma proposta de emenda constitucional que acaba com o voto secreto em casos de perda de mandato.  Renan se posicionou abertamente contra o voto aberto porque, segundo ele, o voto secreto "foi uma conquista da democracia". "Não sou favorável (ao voto aberto). O voto secreto foi uma conquista da democracia. O voto secreto existe para proteger as pessoas da pressão do poder político e do poder econômico e também, hoje, de setores da própria mídia", afirmou Renan. "O voto secreto existe para isso. Porque senão pessoas votarão pressionadas", acrescentou

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