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Violação de sigilo de caseiro será apurada, diz Bastos

"O vazamento de informação é uma praga terrível que deve ser combatida"

Por Agencia Estado
Atualização:

O Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos ao analisar o caso do caseiro Francenildo dos Santos Costa, disse que a quebra do seu sigilo bancário "é uma violação grave e que será apurada. Estou chegando de Rondônia e me inteirando do caso", afirmou. Segundo ele, serão feitos esforços para esclarecer o que ocorreu. "O vazamento de informação é uma praga terrível que deve ser combatida. Por enquanto, não posso afirmar que houve falhas", disse Thomaz Bastos. A divulgação ilegal do extrato bancário pôs em xeque a Polícia Federal e o Ministério da Fazenda, já que os registros da conta do caseiro na Caixa Econômica Federal foram acessados sem o consentimento dele, exatamente no horário em que o rapaz estava na Polícia Federal tratando de sua proteção pessoal: às 20h58 de quinta-feira passada, dia 16. Segundo senadores da oposição, que tiveram acesso ao documento, isso indica que alguém na PF quebrou o sigilo bancário de Costa de forma ilegal e arbitrária. O extrato mostrava depósito de R$ 25 mil na conta do caseiro e um total de R$ 38 mil recebidos desde janeiro, o que foi usado por assessores do governo para insinuar que Costa havia sido pago para denunciar o ministro da Fazenda, Antônio Palocci. O caseiro já explicou, na sexta-feira, que o dinheiro fora recebido de seu pai. Costa acusa Palocci de participar de um esquema de tráfico de influência e partilha de dinheiro, afirmando que viu o ministro na mansão onde trabalhava, no Lago Sul de Brasília. A casa era alugada por Vladimir Poletto e, segundo denúncias, ali se reuniam assessores e ex-colaboradores de Palocci.

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