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Vida do brasileiro é menor do que a média da AL

Por Agencia Estado
Atualização:

A expectativa de vida de um brasileiro é menor do que a média da América Latina. Segundo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das Nações Unidas, divulgado nesta quarta-feira, quando um brasileiro nasce, tem expectativa de vida de 67,2 anos. A média da América Latina é 69,4 anos. Outros indicadores do relatório colocam o País em uma posição desfavorável no continente em termos de longevidade: mortalidade infantil, de crianças com menos de 5 anos e a proporção de homens e mulheres que vivem mais de 65 anos. Apesar dos avanços dos últimos anos, a taxa de mortalidade infantil no Brasil foi de 32 bebês por grupo de mil nascidos vivos em 2000 - ano-base das informações usadas no relatório -, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Na América Latina, a média foi de 30 por mil. No Brasil, 75,4% das mulheres e 59,3% dos homens têm chance de viver mais de 65 anos. As médias latino-americanas são, respectivamente, 77,6% e 65,2%. Esse desempenho coloca o Brasil atrás de países como a Colômbia, onde a expectativa de vida é de 70,4 anos, ou do México, que tem uma taxa de mortalidade infantil de 25 por mil. No entanto, quando comparado com o bloco de países de desenvolvimento humano médio, o País está melhor do que a média. Neste grupo, a expectativa de vida é de 66,5 anos, e a mortalidade infantil, de 46 por mil. A coordenadora de Saúde da Criança do Ministério da Saúde, Ana Goretti, contesta os dados do relatório e afirma que eles não retratam a realidade brasileira. Ela usa os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para sustentar seu argumento. O Censo de 2000 aponta que a expectativa de vida do brasileiro é de 68,6 anos, e a taxa de mortalidade infantil é 29,6 (abaixo, portanto, da média latino-americana). "Reconhecemos que o relatório é muito importante. Mas é uma injustiça não considerar os dados corretos e mais atualizados", diz.

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