Vice-presidência da Câmara ficará com PSDB, diz Chinaglia

Petista disse ainda que, se eleito, pretende presidir a Câmara democraticamente e respeitará a proporcionalidade dos partidos. Ele conta com apoio do PT e do PMDB

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Por Agencia Estado
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O candidato à presidência da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), anunciou, após receber o apoio do PSDB à sua candidatura, em Vitória, que a vice-presidência da Casa ficará reservada a um tucano. Chinaglia, que viajou esta tarde para Vitória para participar do anúncio do apoio do PSDB, disse também que, se eleito, pretende presidir a Câmara democraticamente e que irá respeitar a proporcionalidade dos partidos de acordo com o total de deputados de cada um deles. O apoio do PSDB - anunciado nesta quinta-feira - praticamente define a eleição de Chinaglia, que já conta com o apoio formal do PT e do PMDB, maiores partidos. O PSDB terá a terceira maior bancada na Câmara, a partir de fevereiro. A opção tucana pelo candidato do PT, que disputa com o atual presidente Aldo Rebelo (PCdoB-SP), foi feita depois que o líder do PSDB na Câmara, deputado Jutahy Junior (BA), fez um levantamento por telefone com 66 deputados que vão compor a bancada do partido a partir de fevereiro. O líder tucano, que está de férias em Guarapari (ES), pretendia reunir a bancada na próxima semana para aferir a tendência entre Aldo e Chinaglia. O apoio prometido pela maioria do PMDB ao petista, na última terça-feira, precipitou a decisão, que teve de ser tomada após consultas telefônicas aos eleitos. Após o anúncio do PSDB, já era esperado que o partido iria garantir a primeira vice-presidência da Câmara, o terceiro cargo em importância na mesa diretora. O PMDB, dono da maior bancada, mas sem candidato próprio, ficará com a primeira secretaria, segundo posto mais cobiçado, depois da presidência. Levantamento do Estado - publicado nesta quinta-feira - com 71% dos deputados que votarão em fevereiro indica que Chinaglia levaria a presidência da Câmara por pequena vantagem. Todos os 513 deputados eleitos ou reeleitos em 2006 foram procurados. Destes, 365 (71% da Casa) aceitaram revelar seus votos, sob a condição de não terem o nome publicado. Chinaglia obteve 131 votos dos entrevistados, ou 35,9%, ante os 104 votos (28,5%) de Aldo. Candidatura Aldo Mesmo enfraquecido com o anúncio do apoio do PSDB a Chinaglia, Aldo decidiu manter sua candidatura à reeleição. "Vamos ao combate", disse Aldo à Reuters pouco antes de chegar a seu gabinete na presidência. Aldo fez consultas à bancada do PCdoB e ao líder do PFL Rodrigo Maia (RJ), além de outros aliados, e concluiu que o apoio anunciado pelo líder do PSDB, Jutahy Junior (BA), não define o jogo em favor de Chinaglia. "Não há nenhum motivo para recuo. O PFL vai com Aldo até o fim", confirmou Rodrigo Maia. Com Reuters Este texto foi ampliado às 19h12

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