Vice do PT diz que estudo do FMI 'não fede nem cheira'

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Por Ricardo Della Coletta
Atualização:

O vice-presidente do PT, deputado José Guimarães (CE), afirmou nesta terça-feira, 29, que o Fundo Monetário Internacional (FMI) "não tem nada que estar avaliando o Brasil" e que o informe que a instituição publicou hoje sobre a economia nacional "não fede nem cheira". "O FMI não tem autoridade para dar pitaco sobre o Brasil", disse, alegando que o modelo econômico proposto pelo FMI fracassou na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil. O vice-presidente do PT afirmou também que o FMI ditava as regras para a economia do País na época do governo do PSDB. "No nosso governo, o gasto público é para o social, para o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e para a distribuição de renda. Eles querem cortar gastos sociais e nós queremos aumentá-los. O Fundo deve dar conselho em outro canto", afirmou.O FMI divulgou hoje um informe no qual aponta o Brasil como um dos emergentes mais vulneráveis a mudanças da economia internacional. A lista é formada por nações com inflação alta e contas externas e fiscais se deteriorando. O Fundo também aponta que o baixo desempenho da economia em países como o Brasil pode ser resultado da falta de infraestrutura adequada e baixa produtividade, e não do desaquecimento da economia global. O FMI diz ainda que o Brasil precisa priorizar investimentos como motor da atividade econômica, colocando menos peso no consumo. O líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), também afirmou nesta terça que o FMI "não tem autoridade para fazer observações críticas" sobre a economia brasileira. "O FMI deu a receita neoliberal que acabou com o País", disse o petista. Ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o deputado petista argumentou que o Brasil atuou nos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff para distribuir renda. "O Brasil está no caminho certo". Para rebater as críticas sobre o fraco crescimento do Produto Interno Bruto Nacional (PIB) e a persistência da inflação, Vicentinho disse que os índices atuais são mais positivos do que os registrados no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

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