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Vice de Marina usará 6ª-feira para articular adiamento de eleição partidária

Albuquerque, que tem sido presença constante ao lado de Marina, defendeu ainda que a escolha do novo líder socialista passe necessariamente pelo PSB em Pernambuco

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Por Redação
Atualização:
Para o vice de Marina, a disputa interna no PSB não deve respingar na candidatura presidencial, mas pode "desmobilizar" a militância Foto: Márcio Fernandes/Estadão

O candidato a vice na chapa de Marina Silva (PSB), Beto Albuquerque, mudará na sexta-feira sua rotina de acompanhar a companheira de chapa nos eventos de campanha e passará o dia tentando articular o adiamento da eleição para presidente do PSB, marcada para a próxima segunda.

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Albuquerque, que tem sido presença constante ao lado de Marina, defendeu ainda que a escolha do novo líder socialista passe necessariamente pelo PSB em Pernambuco, Estado do ex-presidente da sigla e ex-presidenciável pela legenda Eduardo Campos, que morreu em agosto em um acidente aéreo.

Com sua morte, Marina, até então candidata a vice, assumiu a cabeça de chapa da legenda. Como pretende criar seu próprio partido, a Rede Sustentabilidade, ela tem se mantido alheia, pelo menos publicamente, às disputas internas do PSB.

"Tem muita gente pedindo adiamento. Amanhã vamos receber visita de outros companheiros e vou para São Paulo para cuidar do assunto", disse Albuquerque, que também é líder do PSB na Câmara dos Deputados e vice-presidente da legenda, após visitar, ao lado de Marina, a Central Única de Favelas (Cufa) no Rio de Janeiro.

"Não tenho problema de eleger o Roberto Amaral (atual presidente do partido), nem quero organizar outra chapa. O foco tem que ser a eleição", acrescentou ele, que defende que a escolha para o comando do partido seja feita após as eleições gerais de outubro.

"Nossa hora agora não é de eleger o presidente do partido e sim a presidente do Brasil."

Albuquerque tornou-se vice na chapa presidencial do PSB com o aval do PSB pernambucano e da família de Campos. O anúncio da escolha dele para ser companheiro de chapa de Marina aconteceu justamente em Recife.

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Ele afirmou que Pernambuco tem grande peso no PSB, que o partido deve eleger o governador do Estado --o candidato lançado por Campos lidera as pesquisas-- e que a legenda deve conseguir uma grande bancada de deputados lá.

"Temos um dever moral também de fazer isso (dar a Pernambuco um grande peso na escolha interna do partido)", disse ele.

O ex-ministro Roberto Amaral, que assumiu a presidência do PSB com a morte de Campos, articulou a realização da eleição partidária na próxima segunda e é candidato à reeleição.

"Não é oposição ao Amaral. É legitimo o Amaral querer ser presidente, mas está desconectado do momento", disse Albuquerque.

Para o vice de Marina, a disputa interna no PSB não deve respingar na candidatura presidencial, mas pode "desmobilizar" a militância.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

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