Vereadores tucanos defendem aliança com DEM e ameaçam Alckmin

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Por Redação
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Um dia depois de o PSDB alertar para punições ao apoio a candidatos de outras siglas, o líder do PSDB na Câmara dos Vereadores, Gilberto Natalini, divulgou documento em que defende a manutenção da aliança de tucanos e Democratas na capital paulista. A medida, apoiada pela maioria da bancada, resulta em apoio indireto à candidatura à reeleição do prefeito Gilberto Kassab (DEM). Trata-se da terceira manifestação do vereador neste sentido, até agora sem uma resposta da Executiva municipal. O grupo se contrapõe a uma ala de tucanos favorável à tese da candidatura própria da legenda, que beneficia o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). "Nós nos consideramos responsáveis por este governo, que vem dando certo. O governo é nosso até 31 de dezembro de 2008", disse Natalini nesta terça-feira a jornalistas após reunião com nove dos 12 vereadores tucanos da capital, que contou com a presença do secretário municipal das subprefeituras, Andrea Matarazzo. Matarazzo disse que não estava presente como secretário e sim como representante da Executiva do PSDB. Ele foi indicado pelo presidente do partido, José Henrique Reis Lobo, e evitou responder se o PSDB ficaria na prefeitura até o final do mandato de Kassab, como disse Natalini. "Todos nós temos responsabilidade com o governo hoje. Como secretário, tenho responsabilidade enquanto eu estiver no governo", afirmou Matarazzo. Kassab e Alckmin disputam o apoio da aliança para concorrer à prefeitura de São Paulo nas eleições de outubro e podem rachar a coligação que governa a capital e o Estado concorrendo de forma independente. "A eventualidade de duas candidaturas vai levar ao questionamento do apoio ao governo municipal", acrescentou Natalini. Os vereadores tucanos vão consultar as bases do partido para colher opiniões sobre a manutenção ou não da aliança. Na segunda-feira, a Executiva estadual do PSDB definiu que enviará uma circular alertando a todas as esferas da legenda que as possíveis declarações de voto em candidatos de outros partidos serão analisadas pela comissão de ética da legenda, o que, no limite, pode leva à expulsão. A medida cumpre a recente regra de fidelidade partidária. "O partido só pode punir se houver um candidato", reagiu Natalini. (Reportagem de Carmen Munari)

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