
16 de abril de 2009 | 10h06
O promotor Roberto Antônio Costa, que apura o caso, já solicitou à Câmara de São Paulo planilhas com os salários dos servidores do gabinete de Noemi. Mas ele alegou sigilo para não dar informações sobre o procedimento. Informações obtidas pela reportagem mostram que um funcionário que recebia R$ 2,2 mil passou a ganhar R$ 10,9 mil no início deste ano - houve aumento da gratificação paga pelo gabinete, de R$ 1,1 mil para R$ 9,7 mil.
Na questão dos empréstimos, um ex-servidor denunciou ao MP que ao menos quatro pessoas que trabalharam no gabinete teriam buscado crédito para Noemi. Num dos casos, a soma teria sido de R$ 40 mil. Em outro, R$ 30 mil. As pessoas que deixaram o gabinete estariam cobrando a vereadora para quitar empréstimos.
A reportagem tentou entrar em contato com Noemi nos dois celulares dela ontem, sem sucesso. Procurada, sua assessoria informou na terça-feira que ela ainda não foi notificada sobre a investigação do MP, mas nega que a parlamentar tenha retido parte dos salários. Ainda de acordo com a assessoria, as denúncias ao MP teriam sido feitas pelo ex-chefe de gabinete da vereadora, Eraldo Caetano, exonerado há um mês por ?suspeita de irregularidades?. O gabinete de Noemi informou que ele terá de provar o que disse.
Caetano negou ter feito a denúncia. ?A vereadora sabe que a acusação partiu de deputado estadual e é investigada pela promotoria desde 2008, quando eu ainda estava no gabinete?. Ele disse que se defenderá ?oportunamente, no MP?. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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