
01 de outubro de 2007 | 18h19
O vereador do município de Delmiro Gouveia (AL), Fernando Aldo Gomes, 43 anos, foi assassinado com cerca de nove tiros de pistola, na madrugada desta segunda-feira, 1, na cidade de Mata Grande, a 267 quilômetros de Maceió. Os disparos atingiram o tórax e a cabeça do vereador, que pode ter sido vítima de uma tocaia, da qual participaram três pistoleiros, mas só um teria atirado. Por isso, a polícia suspeita em crime de mando, com conotação política. Fernando Aldo foi morto em frente a uma lanchonete, logo depois que deixou o camarote do "Mata Grande Fest", carnaval fora de época realizado na cidade, no fim de semana. Ele foi eleito pelo PSB em 2004 e fazia parte da bancada de situação do ex-prefeito Marcelo Lima (PDT), que em setembro renunciou ao cargo de prefeito de Delmiro Gouveia, em carta enviada à Câmara Municipal. O corpo do vereador foi trasladado para o Instituto Médico Legal de Arapiraca (IML), onde foi submetido à necropsia e em seguida liberado para sepultamento. A Polícia Civil ainda não tem pistas dos assassinos, mas afirma que o crime já está sendo investigado. Fernando Aldo era sargento reformado da Polícia Militar de Alagoas e foi eleito com 850 votos, sendo o quinto mais votado, entre os nove vereadores eleitos pelo município, cujo patrono - o industrial Delmiro Gouveia, também foi assassinado, no início do século passado. Fernando Aldo foi executado no Dia do Vereador e era um dos possíveis candidatos à Prefeitura Municipal de Delmiro Gouveia, nas próximas eleições municipais de 2008. Na vaga dele, assume o suplente Luiz Carlos (PPS). Segundo a Polícia Civil de Alagoas, o vereador estava no camarote destinado às autoridades. No meio da festa, ele disse aos amigos que havia se cansado e que iria para o carro, um Siena de cor preta e placa IAD-9977/SE, que estava estacionado na porta da lanchonete Massa Fina. O vereador foi executado quando se aproximou do veículo. Ainda conforma a Polícia Civil, o crime foi cometido por três homens que estavam dentro de um Celta de cor prata. Apenas um dos bandidos efetuou o disparo. A Polícia Civil acredita que o vereador foi vítima de uma tocaia. No momento do assassinato, 60 policiais militares se e contravam em Mata Grande, por conta das festividades. No entanto, não conseguiram prender os bandidos, nem identificá-los. O crime pode ter conotação política.
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