
17 de outubro de 2011 | 17h59
O vídeo, divulgado pelo jornal Hoje em Dia, foi entregue aos promotores por um ex-assessor do socialista, que acusa o vereador de exigir parte do salário do então funcionário para mantê-lo trabalhando no gabinete. O parlamentar está no quarto mandato e a ação civil pública foi encaminhada ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
No processo, o MPE acusa Ornelas de receber indevidamente pouco mais de R$ 600 mil. Durante as investigações, os promotores conseguiram na Justiça a quebra do sigilo bancário do vereador e constataram que o dinheiro foi depositado diretamente em sua conta. No depoimento prestado ao MPE, o parlamentar não conseguiu explicar a origem dos recursos e os promotores pedem à Justiça seu afastamento, bem como o sequestro de bens de Ornelas e a devolução dos valores, que teriam sido fruto de propinas.
Mas, além da questão legal, as atitudes de Ornelas também devem ter desdobramentos políticos, principalmente por causa das imagens do parlamentar despachando de cuecas em seu gabinete. A mesa diretora da CMBH encaminhou representação ao corregedor, vereador Edinho Ribeiro (PTdoB) para que o caso seja apurado.
"Foi desrespeitosa a atitude do vereador. Vamos tratar (a questão) com muita seriedade, mas ele (Gêra Ornelas) terá amplo direito de defesa", afirmou Ribeiro. "Nós precisamos agora ver os autos dessa investigação. Precisamos que o Ministério Público nos envie esses autos", acrescentou o vereador, que assumiu, porém, não ter feito requisição oficial da documentação ao MPE.
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