Venda de camisetas é sem nota

Movimentos vendem seus produtos pela internet e as entregam pelo correio sem o documento fiscal

PUBLICIDADE

Por Ricardo Galhardo , Ricardo Chapola , Fabio Leite e Valmar Hupsel Filho
Atualização:

Embora cobrem transparência e lisura do governo federal, Vem Pra Rua, Movimento Brasil Livre e Revoltados On Line não fornecem nota fiscal de venda das camisetas que levam suas marcas e serão usadas por muitos manifestantes nos protestos de hoje. 

PUBLICIDADE

A comercialização das peças, bem como as doações recebidas, são as justificativas usadas por eles para financiar suas atividades. 

Revoltados On Line e Movimento Brasil Livre vendem seus produtos pela internet e as entregam pelo correio sem o documento fiscal. Ambos argumentam que não são uma empresa formal. O Vem Pra Rua montou um ponto de venda na papelaria Paperchase, no Itaim-Bibi, bairro nobre da zona sul de São Paulo. 

A reportagem comprou uma camiseta e pediu a nota, mas não recebeu. Somente depois de questionar o porta-voz do movimento, Rogério Chequer, o documento foi fornecido - em nome da papelaria. Questionada onde comprou as camisetas para revender, a proprietária, Cláudia Audra Sala, disse que “não tem obrigação de informar seus fornecedores”. 

A comercialização das peças, bem como as doações recebidas, são as justificativas usadas por eles para financiar suas atividades. Foto: Alex Silva/Estadão

Na segunda-feira, o Estado enviou questões aos três movimentos sobre fontes de recursos, organização jurídica, nomes de integrantes, ligações externas e processos decisórios. O Vem Pra Rua respondeu parcialmente. Marcello Reis, do Revoltados On Line, alegou falta de tempo. Renan Santos, do MBL, não respondeu.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.