Velório de um dos fundadores do PSDB reúne Serra e Alckmin

Tucanos elogiaram assessor do governo do Estado, Rubens Lara, que morreu aos 64 anos devido a um enfarte

Por Rejane Lima e de O Estado de S.Paulo
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O governador de São Paulo, José Serra, o ex-governador Geraldo Alckmin e dezenas de outros políticos, a maioria tucanos, compareceram nesta quinta-feira, 13, ao velório do diretor executivo da Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem) e assessor especial do governo do Estado, Rubens Lara, de 64 anos, um dos fundadores do PSDB. Lara morreu na noite quarta-feira, 12, vítima de enfarte no miocárdio.   Durante a manhã, ele havia participado de solenidade na Bolsa do Café e tomado posse como vice-presidente do Conselho de Administração da Associação dos Amigos do Museu dos Cafés do Brasil. No fim da tarde, passou mal em seu escritório e faleceu por volta das 20h15, antes de chegar ao pronto-socorro. Ele era casado e tinha dois filhos.   Deputado estadual por três mandatos, Rubens Lara foi professor de Direito e defensor das causas ambientais desde os anos 70. Foi Secretário da Casa Civil e presidente da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB) durante o Governo Alckmin. Continuou no governo do Estado durante os mandatos de Claudio Lembo e José Serra e era considerado unanimidade no partido, entre serristas e alckmistas.   O governador José Serra descreveu Lara como um homem de confiança e um amigo de 30 anos. "Sempre fomos próximos. O Lara era um amigo de todas as horas, trabalhador, inteligente, alguém que somava. Estava numa fase ótima agora, realmente é uma perda incrível".   O secretário do Meio Ambiente Xico Graziano, lembrou que Lara foi o representante do Ibama em São Paulo quando Fernando Henrique Cardoso era presidente. "Além de ser um bom político, o Lara é uma pessoa que tinha muita ligação com essa questão ambiental e isso sempre me aproximou muito dele. Realmente é uma perda lamentável". Companheiros desde a época que atuaram juntos na Assembléia em 1982, Alckmin descreveu Lara como "um homem bom, uma pessoa do bem, um bom exemplo".   Visivelmente emocionado, o prefeito de Santos João Paulo Tavares Papa (PMDB) descreveu Lara como "um grande inspirador". Ele decretou luto oficial em Santos por três dias.   Entre as centenas de pessoas que passaram pelo velório e acompanharam o enterro, além de familiares e amigos, compareceram sete prefeitos da Baixada Santista, deputados estaduais, secretários do governo estadual, outras lideranças políticas, diretores do Porto de Santos e representantes do Ministério Público.   Prefeitura de São Paulo   Depois de permanecer por quase uma hora no velório, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que "o sentimento" do partido em relação às eleições para a Prefeitura de São Paulo é optar pela candidatura própria.   "O que eu sinto é que o sentimento do PSDB é pela candidatura própria até pela força do partido. Não só por pesquisa, mas pela legitimidade, a força, a expressão do partido em São Paulo", disse Alckmin.   Segundo o ex-governador, apesar de a convenção do partido estar marcada para julho, até abril o nome do futuro candidato e a definição de uma possível aliança com o DEM deverão estar "bem encaminhados".   "Eu defendo as alianças. O Brasil tem um quadro multipartidário. Se puder fazer já no primeiro turno é melhor, porque você faz em torno de um programa, de um projeto mais transparente, a população sabe quem são os aliados", afirmou, lembrando, porém, que as alianças não dependem apenas dos tucanos, mas também dos outros partidos.   Sobre a possibilidade de ser candidato a prefeito ou mesmo de sair como vice na chapa de Gilberto Kassab, Alckmin é enfático. "Eu estou sempre animado para trabalhar pela população que mais precisa, população mais pobre, e o governo da cidade está mais perto do povo, ele é mais rápido. O que o PSDB decidir, eu sou favorável. Sou um homem de partido".

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