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Vaticano escolhe santo padroeiro da Internet

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Vaticano tem sempre sido criticado por sua resistência à modernidade e sua falta de transparência. Mas uma iniciativa da Santa Sé está surpreendendo até mesmo aos maiores defensores do Vaticano. Os bispos estão sendo solicitados cada vez mais a escolher um santo para ser o patrono da Internet. Para isso, estão aceitando que entidades de católicos promovam uma votação pela rede mundial de computadores para sugerir nomes. Entre os "candidatos" a ganhar o título de santo protetor da Internet estão o Arcanjo Gabriel, Santa Clara de Assis, Santo Afonso de Liguori, São Maximiliano Kolbe, São João e, o grande favorito, Giacomo Alberione. A principal votação está sendo feita pelo site www.santiebeati.it, que até agora já realizou dois turnos das eleições e recebeu mais de 10,5 mil votos. Para a fase final, restaram seis candidatos. "Depois das eleições, poderemos avaliar o santo que foi escolhido por essa entidade e sugerido ao Vaticano", explica uma porta-voz da Santa Sé à Agência Estado, que não sabe dizer quando o Vaticano daria uma palavra final sobre o protetor da Internet. Para a entidade que organiza o site, cada um dos santos finalistas tem um perfil que se adequaria à representar a Internet. O Arcanjo Gabriel, por exemplo, foi quem anunciou à Maria que teria um filho e que ele deveria se chamar Jesus. Na corrida eleitoral, o arcanjo, porém, tem menos de 8% dos votos. Santa Clara é a patrona da televisão e, para alguns, isso lhe daria a condição também de protetora da rede de computadores. Até agora, a santa tem 25% dos votos e é segunda colocada nas eleições. Giacomo Alberione é quem lidera a votação com 36% dos votos. O santo foi o criador, no início do século XX, de uma editora e acabou conhecido como difusor da palavra de Cristo. Na noite da virada do ano 1899 para 1900, o italiano recebeu uma mensagem divina para que divulgasse a mensagem de Deus por todos os meios possíveis. Seja qual for o santo escolhido, sua suposta missão seria das mais difíceis: evitar os vírus, a queda da rede e, acima de tudo a integridade moral do uso da Internet.

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