O desembargador Ivan Sartori, presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), afirmou há pouco que a corte está decidida "a levar este caso até o fim", referindo-se à investigação sobre pagamentos milionários concedidos a um reduzido grupo de magistrados paulistas.
"Nada foi suspenso, nada foi interrompido", declarou Sartori ao comentar a decisão do Órgão Especial do TJ-SP que, por 15 votos a 9, rejeitou a imediata adoção de um sistema de compensação - medida que suspenderia imediatamente pagamentos de novos créditos a aqueles desembargadores que foram contemplados com pagamentos antecipados.
"O tribunal não brecou esse processo, apenas eu tomei uma cautela de consultar o Órgão Especial se deveríamos tomar uma medida antecipada", observou o presidente do TJ-SP. "No meu entendimento, isso deveria ocorrer (a compensação). Mas o Órgão Especial entendeu que o direito de defesa deve prevalecer." Neste caso, os desembargadores que receberam os pagamentos milionários terão dez dias de prazo para apresentar defesa.