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'Vamos fazer o sucessor do presidente Lula', garante Dilma

Ministra-chefe da Casa Civil prega continuidade e usa frase de Lula para definir programa Minha Casa, Minha Vida

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Por Redação
Atualização:

Em queda nas últimas pesquisas de intenção de voto, a ministra-chfe da Casa Civil, Dilma Rousseff, evitou comentar sobre o assunto durante a cerimônia de posse da nova diretoria do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi) nesta quinta-feira, 24. "A pesquisa é retrato do momento. Vamos conseguir fazer o sucessor do presidente Lula", disse. Usando uma famosa frase do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra definiu o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida como a "pré-estreia do que vai ser o espetáculo do crescimento".

 

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Pré-candidata do PT à sucessão presidencial de 2010, a ministra defendeu ainda a continuidade e a previsibilidade como forma de zerar o déficit habitacional do País. "Não podemos trabalhar por soluços", declarou. Segundo Dilma, o prazo de 15 anos para a construção das cerca de 8 milhões de moradias necessárias para sanar o déficit habitacional "é mais do que uma promessa, é um compromisso."

 

Ela afirmou também que acha possível traçar uma meta ainda "mais ambiciosa" para resolver o problema. "Acho 15 anos uma meta factível, mas tenho certeza de que este país vai crescer. Temos de ter uma meta mais ambiciosa", disse.

 

Em tom de campanha, a ministra afirmou que o programa Minha Casa, Minha Vida marca o início do prometido "espetáculo do crescimento". A expressão foi cunhada pelo presidente Lula como uma promessa de crescimento para o Brasil.

 

Dilma fez questão ainda de louvar os benefícios futuros do programa de governo. "No Brasil, havia uma esfinge para a qual a gente tinha de responder um enigma ou éramos devorados. Como resolver um déficit habitacional de 8 milhões de moradias?", disse. "Era impossível recorrer apenas a soluções de mercado, e o Minha Casa, Minha Vida foi um grande passo na solução desses problemas", garantiu.

 

Pré-candidatura assumida

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As declarações da candidata de Lula à sucessão vêm após a pressão do presidente licenciado do PMDB Michel Temer para que a ministra assuma sua pré-candidatura. Temer é cotado como principal nome do partido para ocupar a vaga de vice na chapa governista.

 

Na quarta-feira, o peemedebista comemorou um pré-acordo firmado com o PT para consolidar a aliança entre os dois partidos para as eleições do ano que vem.

 

Temer gostou da conversa que teve com Dilma, no gabinete do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). "Pela primeira vez, ela não escondeu sua condição de candidata a presidente. Ao contrário, disse isso claramente", entusiasmou-se o deputado, que em entrevista ao Estado, no domingo, havia cobrado tanto da ministra quanto do PT que assumissem logo a candidatura.

 

Em queda nas últimas pesquisas de intenção de voto, a ministra evitou falar sobre o assunto. "A pesquisa é retrato do momento. Vamos conseguir fazer o sucessor do presidente Lula", resumiu. Dilma justificou a cautela diante do tema pelo fato de não ser oficialmente candidata. "Eu só posso assumir candidatura depois que o PT decidir isso em convenção ou congresso. Aí posso ser pré-candidata." E repetiu o que tem dito: "Estamos a um ano da eleição. Muita água vai correr debaixo dessa ponte."

 

Com informações de Carolina Freitas, da Agência Estado

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