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'Vamos aproveitar e investigar tudo', diz Renan sobre CPI ampliada

Presidente do Senado voltou a defender criação de comissão para apurar escândalos na estatal petrolífera, no metrô de São Paulo e no Porto de Suape

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Por RICARDO BRITO E DÉBORA ÁLVARES
Atualização:

Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), saiu mais um vez em defesa da instalação da "CPI ampliada" da Petrobrás. "Como o Congresso pode investigar a Petrobrás, e acho que deve investigar sim, e não investigar o metrô (de São Paulo), o Porto de Suape, a corrupção que houve em relação aos recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia, que pagou inclusive marqueteiros nas campanhas eleitorais? Vamos aproveitar e investigar tudo", afirmou.

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Renan disse que estaria "desatendendo a maioria" se decidisse que valeria apenas a CPI limitada, proposta pela oposição para investigar quatro fatos que envolvem a Petrobrás. Ele reafirmou que, se é possível acrescentar fatos durante a apuração da CPI, "muito mais" pode no ato de criação dela. Segundo ele, essa é uma decisão que terá de ser "pacificada".

O presidente do Senado sinalizou que vai adotar o mesmo entendimento para se fazer a "CPI mista ampliada" da Petrobrás. Na próxima terça-feira, dia 15, uma sessão do Congresso Nacional vai decidir se vai instalar a CPI mista proposta pela oposição, exclusiva da Petrobrás, ou a da base, que inclui apurações que envolvem o PSDB de Aécio Neves e o PSB de Eduardo Campos.

"A oposição já disse que vai priorizar a CPI mista. O problema que acabou ensejando a questão de ordem foi a CPI do Senado, e é evidente que a CPI do Senado vai balizar a decisão do Congresso Nacional", afirmou. "Essa investigação é política, extraordinária. Se é política, partidos vão dizer se querem a CPI da Câmara, do Senado, ou a mista. Essa é decisão dos líderes", destacou.

Como divulgou o Estado nesta quinta-feira, o entendimento adotado por Renan em parecer favorável à criação da "CPI ampliada" é questionado pelos ex-ministros do STF, Paulo Brossard e Carlos Velloso. Ambos participaram do julgamento de um habeas corpus na década de 90 que foi mencionado pelo senador para provar que "fatos novos" podem ser adicionados na CPI.Para os ex-magistrados, contudo, só se pode acrescentar novos fatos a uma CPI no curso das investigações e caso eles tenham conexão.

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