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'Vamos analisar denúncia contra Temer com respeito e de forma rápida', diz Maia

Presidente da Câmara afirma, porém, não saber quando acusação será apresentada

Foto do author Eduardo Laguna
Por Eduardo Laguna (Broadcast)
Atualização:

O presidente em exercício, Rodrigo Maia (DEM), disse nesta segunda-feira, 4, que a Procuradoria-Geral da República (PGR) deve apresentar uma segunda denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) e defendeu uma decisão rápida do Legislativo sobre o processo, de forma que a agenda de reformas seja retomada o mais breve possível.

Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, durante evento da revistaExame, em São Paulo Foto: Felipe Rau/Estadão

"Parece que haverá segunda denúncia. Devemos analisar com todo respeito e decidir de forma rápida para avaliar as mudanças que o País precisa", comentou o deputado, acrescentando que não sabe, no entanto, quando a nova denúncia contra Temer será apresentada. "Os prazos são curtos. O importante é encerrar essa segunda denúncia, respeitando decisão do procurador (Rodrigo Janot)", afirmou. Durante fórum promovido pela revista Exame, Maia considerou que o governo perdeu alguma força no Congresso e avaliou que uma nova denúncia gera desgaste e desarticulação. Ao tratar da reforma da Previdência, o deputado, que exerce interinamente a Presidência da República em razão da viagem de Temer à China, considerou ser difícil avançar na votação de uma proposta de emenda constitucional até o fim deste mês. Nas contas de Maia, a reforma da Previdência precisa ser votada até outubro ou novembro, antes que a proximidade do calendário eleitoral comece a inviabilizar a matéria. Segundo ele, o Planalto tem hoje menos de 280 votos na Câmara para votar a reforma que muda as regras da aposentadoria, que depende do aval de três quintos dos 513 deputados. O parlamentar ponderou que quando as discussões sobre o tema começaram o governo não tinha nem 200 votos de apoio à reforma.

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