Valente tem 1 minuto para vender plano socialista

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Por Roldão Arruda
Atualização:

O PSOL, partido do candidato Ivan Valente, terá um minuto apenas para apresentar suas propostas na TV. Diante dessa limitação de tempo, os responsáveis pela área de comunicação da campanha - chamada internamente de "coletivo de comunicação" - pretendem fechar o foco em dois temas prioritários: transporte e educação. O PSOL ainda enfrenta a falta de recursos. Segundo informações de Valente, quase todo o trabalho de comunicação, da confecção dos textos às filmagens e edição, é feito de forma voluntária por simpatizantes e militantes. "Não temos marqueteiros. Quem leva a minha candidatura adiante é a militância", diz. As gravações são feitas numa residência nos arredores de São Paulo, emprestada por uma militante. Com propostas de cunho socialista e estatizante, o PSOL deve aparecer perante o eleitor com uma espécie de anticandidatura. "Vamos mostrar que o capitalismo transformou São Paulo num monumento à irracionalidade humana", diz Dirceu Travesso, o Didi, indicado pelo PSTU para concorrer como vice-prefeito. Para o coordenador de comunicação e responsável pelos programas de TV, Diogo Rodrigues, a falta de recursos pode ser apresentada como sinal de independência. "Vamos dizer que o Ivan não é financiado por bancos, imobiliárias e grupos econômicos que têm interesse na administração", explica. "Não ter o rabo preso é fundamental para uma gestão voltada para os interesses da cidade, da maioria da população."

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