09 de março de 2010 | 20h06
O advogado de Vaccari, o criminalista Luiz Flávio D''Urso, disse que o bloqueio das contas da instituição impediria o cumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta firmado entre a Bancoop e o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) em 2009. O documento estabelece regras e prazos para a conclusão de obras e entrega de imóveis para os cooperados.
"O TAC foi celebrado, homologado judicialmente e estava sendo fielmente cumprido pela Bancoop", afirmou D''Urso. "Ao pedir o bloqueio das contas, na prática, o Ministério Público está impedindo que a Bancoop possa honrar com o TAC que fez com o próprio Ministério Público. Se bloquear a conta, a Bancoop não tem dinheiro para tocar as obras. O prejuízo maior será para o cooperado."
Na petição ao Dipo, D''Urso pede também a redução do período de abrangência da quebra de sigilo bancário pedido por Blat. "Não há oposição à quebra de sigilo, desde que ela se limite ao período da investigação, de 2003 a 2005. De 2003 até hoje não dá", disse o advogado. Segundo o criminalista, Vaccari afastou-se em 2007 da presidência da Bancoop e não atuou de forma direta na cooperativa a partir de então. "Se não tem fundamento, não aceitamos que quebre o sigilo, mesmo que Vaccari não deva nada."
O caso é investigado pelo MP-SP desde 2007 e voltou ao noticiário nesta semana depois que a revista Veja publicou matéria sobre o assunto. D''Urso criticou a exposição de seu cliente sem provas e desafiou o promotor do caso a oferecer denúncia à Justiça. "Se o promotor tem as convicções que diz ter, ponha as convicções com seus elementos e apresente sua denúncia. Inicie o processo criminal."
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