Vaccari diz que revista o utiliza para atingir PT

Secretário do PT divulgou uma nota oficial criticando a matéria da revista sobre o caso Bancoop

PUBLICIDADE

Por Elizabeth Lopes e da Agência Estado
Atualização:

O Secretário Nacional de Finanças e Planejamento do Partido dos Trabalhadores (PT), João Vaccari Neto, divulgou nota oficial criticando a matéria de capa da revista Veja desta semana, denominada "A conexão Bancoop/mensalão". Para Vaccari, o objetivo da revista é utilizar o seu nome para atacar o PT e tentar influenciar o processo eleitoral deste ano.A Veja já havia apontado o tesoureiro do PT como suspeito de estelionato, apropriação indébita, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha no caso dos desvios da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), investigado pelo promotor José Carlos Blat. Na edição desta semana, a revista classifica Vaccari de "personagem ainda oculto" do escândalo conhecido como mensalão e diz que ele recolhia "propina entre os interessados em fazer negócios com os fundos de pensão de empresas estatais no mercado financeiro" e que essa comissão iria para o PT.Na matéria, é destacado também que apesar de João Vaccari não ter sido incluído entre os 40 réus que estão sendo julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no escândalo do mensalão, seu elo com o caso se dá por conta "de uma série de depoimentos prestados pelo corretor de câmbio Lúcio Bolonha Funaro". Em 2005, na iminência de ser réu neste processo, Funaro fez um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República e denunciou nomes, valores e documentos, em troca de perdão judicial para seus delitos.EstratégiaNa nota divulgada neste sábado, 13, Vaccari diz: "A Veja desta semana dá continuidade à estratégia de me usar para atingir o Partido dos Trabalhadores. Na semana passada, a revista apresentou denúncia baseada em investigação que teve providências noticiadas pela revista rejeitadas pela Justiça. As acusações desta semana se baseiam exclusivamente em depoimento cujo conteúdo não é verdadeiro, que teria sido prestado em 2005 pelo doleiro Lúcio Bolonha Funaro, buscando se beneficiar de delação premiada."O tesoureiro do PT alega também que o Ministério Público Federal não considerou as acusações consistentes e que não houve qualquer desdobramento com relação ao seu nome. "Passados cinco anos, nunca fui chamado para prestar esclarecimentos ao Ministério Público Federal. Nem mesmo fui informado da existência ou do teor desse depoimento. O Ministério Público não propôs ação contra mim. Nenhuma denúncia foi apresentada", frisou. E continuou: "Trata-se novamente de matéria sem fundamento ou provas como outras dessa revista que tem como objetivo atacar sistematicamente o PT, visando influenciar o processo eleitoral deste ano."

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.