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Universidades paulistas devem parar hoje

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os professores e funcionários das três universidades estaduais paulistas vão paralisar suas atividades hoje para pressionar os reitores a aceitar suas reivindicações, entre elas aumento salarial de 13,5%. "A possibilidade de greve por tempo maior será avaliada conforme o caminho das negociações", disse o presidente da Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp), Marcos Magalhães. Às 14 horas, representantes da reitoria e dos sindicatos reúnem-se na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e os grevistas vão fazer um ato do lado de fora. Os organizadores não souberam informar quantas pessoas deixarão de trabalhar nas três universidades. Hoje os docentes e funcionários das escolas estaduais realizam manifestação, às 15 horas, na Avenida Paulista, para pedir uma política salarial. O protesto vai ocorrer na mesma data e local em que houve o confronto entre professores e Polícia Militar durante a greve do ano passado, que durou mais de 40 dias. Em 2000, a greve na USP, na Unicamp e na Universidade Estadual Paulista (Unesp) durou 52 dias. Os funcionários e docentes conseguiram aumento de 24,5%, que foi dado de forma gradual e completou-se em janeiro deste ano. "A defasagem de vários anos ainda não foi coberta e o salário não chegou a um patamar razoável", disse Magalhães. Segundo ele, os professores doutores na USP recebem R$ 3.645 e o aumento requerido levaria o salário ao valor que tinha em maio de 1995. "As universidades têm dinheiro para isso", afirma a diretora do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), Neli Wada. A reitoria da USP não quis se pronunciar sobre a questão. As negociações sobre reposição salarial começaram na segunda-feira. De acordo com o presidente da Associação de Docentes da Unicamp (Adunicamp), Francisco Reis, os reitores ofereceram aumento de 5,7%. A reitoria da Unicamp considera prematura a hipótese de greve, já que a primeira reunião ocorreu sem impasses.

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