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União tem mais beneficiários da Previdência do que servidores ativos

Por Agencia Estado
Atualização:

A União tem mais beneficiários da Previdência do que servidores ativos. No total dos três entes federativos (União, Estados e municípios), porém, o total dos servidores em atividade é de 5,196 milhões, enquanto os beneficiários do sistema de previdência do setor público é de 2,839 milhões. Números exibidos pelo secretário de Previdência Social do Ministério da Previdência, Helmut Schwarzer, mostram que o governo federal tem 930.320 funcionários em atividade e 956.540 beneficiários da Previdência para os servidores públicos. Desses, 543.870 são aposentados e 412.670 são pensionistas. Nos Estados e, principalmente nos municípios, existem mais servidores em atividade do que beneficiários dos sistemas de previdência oficial. "Nos próximos cinco a dez anos essa relação positiva nos Estados e municípios pode se estreitar e em termos de Previdência, cinco a dez anos não é muito tempo", afirmou o secretário em apresentação no seminário "Reforma da Previdência no Estado do Rio de Janeiro". Schwarzer observou que os Estados e municípios fizeram muitas contratações logo após a Constituição de 1988 que lhes deu mais atribuições e recursos e boa parte dos contratados poderão se aposentar dentro de cinco a dez anos. Na União, a situação é bem pior. De acordo com estatística de setembro de 2003 exibida pelo secretário, 72% dos servidores civis do Executivo federal têm mais de 41 anos. Do total de servidores, 44,3% têm entre 41 e 50 anos, mais 23,3% estão na faixa entre 51 a 60 anos e 4,4% já têm mais de 60 anos. "Como se toca uma administração que tem que substituir 70% da sua força de trabalho no prazo de cinco a dez anos?", disse o secretário em tom de desabafo. Durante a sua apresentação, Schwarzer defendeu a igualdade no teto de pagamento das aposentadorias do setor público e do setor privado. "Para nós, é paradigmática essa questão da convergência entre os trabalhadores. Quem quiser benefícios diferenciados, vá para a previdência complementar", defendeu.

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