02 de dezembro de 2010 | 09h18
Ele sugeriu que a UE amplie sua ajuda ao desenvolvimento em áreas onde grupos militantes operam, como Iêmen, Paquistão e África Subsaariana, e que também deem mais dinheiro para que os governos desses lugares combatam a militância.
"Precisa haver uma mudança qualitativa na quantia que a UE dedica à assistência ao contraterrorismo", disse Kerchove numa apresentação por escrito a ministros de Interior da UE, que vão debater o tema nesta quinta-feira em Bruxelas.
"Se a UE quer ser um ator sério na promoção da estabilidade mundial (...), precisa colocar recursos adequados nisso."
Os ministros devem discutir também formas de melhorar a segurança aérea, após a apreensão de bombas em aviões com destino aos EUA, em outubro, e também o compartilhamento de dados de passageiros com Washington, para facilitar a localização de suspeitos.
Em seu texto, Kerchove disse que a aviação continua sendo um alvo prioritário para militantes islâmicos, e que a rede europeia de transportes terrestres também está inadequadamente protegida. "Há um óbvio risco de que, à medida que a aviação se tornar cada vez mais segura, os terroristas possam passar a ter como alvo o transporte terrestre", alertou ele.
Outro problema citado no relatório foi o crescente número de europeus viajando a remotas zonas de guerra para participar de treinamento com militantes.
(Reportagem de Justyna Pawlak)
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