PUBLICIDADE

Unesp aprova criação de oito novos campi

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de quase 12 horas de reunião, o conselho da Universidade Estadual Paulista (Unesp) aprovou na noite desta quinta-feira a criação de oito novos campi, em parceria com os municípios beneficiados. A reunião foi na Faculdade de Odontologia de Araçatuba. O plano de expansão da universidade deveria ter sido aprovado no dia 14, quando estudantes contrários à proposta invadiram a sede da reitoria da Unesp, em São Paulo, causando danos ao prédio e ferimentos em funcionários. Os novos campi, que a reitoria da Unesp chama de "unidades diferenciadas", porque serão instalados em parceria com as prefeituras, vão ser em Registro, Rosana, Itapeva, Sorocaba, Dracena, Ourinhos, Tupã e Iperó. Cada um terá um curso. O reitor da Unesp, José Eduardo de Souza Trindade, disse que não há previsão de quando os cursos entrarão em funcionamento. A aprovação das novas unidades recebeu os votos favoráveis de 34 conselheiros, enquanto 24 foram contrários e 7 se abstiveram. A votação foi marcada por protestos de cerca de 400 estudantes que viajaram para Araçatuba procedentes de várias regiões do Estado. Trindade informou que a Unesp investirá R$ 29,3 milhões e os municípios entrarão com recursos materiais e funcionários para serviços de limpeza e vigilância. "Os projetos pedagógicos e os professores serão da Unesp", disse o reitor. Sobre o protesto dos estudantes contrários ao plano de expansão, Trindade disse que eles são minoria e estão desinformados. "Até o momento não conseguimos entender por que estudantes que conseguiram chegar a uma universidade pública agora estejam se opondo a uma proposta de grande dimensão social", afirmou o reitor. "Temos 23 mil estudantes de graduação distribuídos em 24 unidades e aqueles que estão contra a nossa proposta representam apenas quatro ou cinco unidades." O reitor disse que, apesar da violência registrada na reunião do último dia 14 em São Paulo, a reitoria procurou explicar aos alunos descontentes que a parceria com prefeituras para a criação de novos campi não representa a municipalização nem a privatização do ensino. Apesar das explicações, esses alunos mantiveram a decisão de fazer pressão contra o plano de expansão.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.