PUBLICIDADE

Tumulto marca seção da Câmara de Dourados

Por JOÃO NAVES DE OLIVEIRA
Atualização:

Mais um tumulto marcou a seção ordinária na Câmara Municipal de Dourados, no Mato Grosso do Sul. Desta vez com a detonação de bombas de efeito moral e até tiros de armas de fogo, além de pancadaria entre a multidão que ficou aglomerada do lado de fora, barrada por policias, na porta do legislativo municipal, situado no centro da cidade. A exemplo da semana passada, a seção foi cancelada por falta de segurança.Os trabalhos começaram às 19h30m (20h30m de Brasília), com o plenário tomado por 200 pessoas selecionadas, depois de serem revistadas por soldados da Polícia Militar. Quando o vereador Aurélio Bonato (PDT) declarou aberta a seção, a platéia virou as costas para os vereadores. Houve tempo de empossar três suplementes e eleger a vereadora Déli Razuk, a nova presidente do legislativo.Logo depois de declarada empossada, ela foi obrigada a sair correndo do plenário juntamente com outros seis vereadores. Pelo menos 800 pessoas que não conseguiram entrar no plenário, começaram gritar "fora ladrões" e forçar a entrada do local, destruindo a porta principal do imóvel e vidros das janelas laterais do prédio. A PM entrou em ação distribuindo cacetadas e bombas de gás lacrimejante, para conter a multidão furiosa.Os parlamentares ficaram escoltados pela Polícia Militar no plenarinho da Câmara, até poder deixar. Três pessoas ficaram feridas e foram levadas para o Hospital Vida. Outras 5 foram presas, segundo informação da PM, porém o número de presos pode ser bem maior até a normalização da situação, devido o ânimo dos manifestantes. Eles gritavam sem cessar que não querem nenhum dos 11 vereadores indiciados por corrupção pela Polícia Federal, no cargo.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.