Túmulo de Tancredo Neves é destruído parcialmente em MG

A peça de mármore foi quebrada e, a princípio, as hipóteses são ato de vandalismo ou acidente

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Por Eduardo Kattah e da Agência Estado
Atualização:

A Polícia Civil de Minas Gerais instaurou um inquérito para investigar a destruição da parte superior do túmulo do ex-presidente Tancredo Neves, na Igreja de São Francisco de Assis, em São João del Rey, na região do Campo das Vertentes, a 185 quilômetros de Belo Horizonte. A peça de mármore foi quebrada e, a princípio, as hipóteses são ato de vandalismo ou acidente. A sepultura teria sido danificada na segunda-feira à noite. A averiguação foi instaurada na terça-feira e está a cargo da Delegacia Regional da cidade. Uma perícia foi realizada no local. Como parte da investigação, imagens do sistema do circuito interno de vídeo serão examinadas. Representantes do cemitério, localizado atrás da igreja, afirmam acreditar que o dano foi causado por visitantes. Tancredo morreu em 21 de abril de 1985, no Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas (HC) de São Paulo. O corpo dele foi enterrado três dias depois, na cidade natal.   Agonia após a eleição   Tancredo foi eleito o primeiro presidente civil em após 20 anos de ditadura militar. Apesar de a eleição ter sido indireta - após uma grande campanha nacional por eleições diretas - a sua vitória, no dia 15 de janeiro de 1985, sobre Paulo Maluf foi comemorada como um marco da redemocratização do País.   Ele tomaria posse no dia 15 de março mas, na véspera, foi internado no Hospital de Base, em Brasília, com fortes dores abdominais. José Sarney tomou seu lugar interinamente. Tancredo passou por sete cirurgias. Ele não conseguiu resistir a uma infecção generalizada e morreu no dia 21 de abril de 1985, aos 75 anos.     Neves nasceu no dia 4 de março de 1910 em São João Del Rei, Minas Gerais. Sua carreira política começou em 1933, quando filiou-se ao Partido Progressista.   Com a decretação do Estado Novo getulista, em 1937, interrompeu sua carreira, voltando à política em 1945, com a queda do Estado Novo. Foi eleito deputado federal em 1950 e em 1953, com o apoio de Juscelino Kubitschek, foi ministro da Justiça. Exerceu também os cargos de Primeiro-Ministro no governo de João Goulart e de governador do Estado de Minas Gerais em 1982.        

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