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Tuma reclama do DEM e diz que pode trocar de partido

O senador reclamou especialmente do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab

Por Agencia Estado
Atualização:

Minutos depois de conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o senador Romeu Tuma (DEM-SP), deu uma entrevista para reclamar do tratamento que recebe dos líderes do seu próprio partido, o antigo PFL. "Se continuarem me tratando assim, eu vou embora", disse Tuma. "Trocar de partido é uma questão que estou estudando." Tuma não comentou se poderia integrar a base aliada do presidente Lula, a quem se referiu como "amigo de longa data", "amigo desde 1979" e "amigo de todo mundo". Ele teme que o partido não o indique para disputar novamente o Senado em 2008. O senador reclamou especialmente do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, também do antigo PFL. "Eu sou PFL em São Paulo, mas o Kassab nem me recebe para tomar café", disse o senador. "O Kassab não me dá pelota, está submisso ao (José) Serra ", completou. "Não tenho espaço." Em seguida, Tuma disse que Lula já o recebeu cinco vezes neste ano no Palácio do Planalto. "É que não sai na agenda", explicou. "Toda vez que o presidente me convida, eu vou. Temos amizade respeitosa desde 1979", afirmou. Quanto à possível troca de partido, Romeu Tuma disse que não deve integrar, por exemplo, o PSDB. "O ex-presidente Fernando Henrique me disse que era para tomar cuidado porque o partido em São Paulo tem muito cacique". Durante o encontro, Lula comentou que se sentia aliviado por não estar na disputa presidencial de 2010. "Ele disse que tirou 30 quilos das costas", relatou o senador. Romeu Tuma ainda contou que, na audiência, o presidente disse que nunca falou mal de adversários em palanques. O senador, no entanto, foi lembrado pelos jornalistas que na campanha eleitoral do ano passado o presidente chamou o senador Antonio Carlos Magalhães de "ramster". "Ele (Lula) é amigo do senador Antonio Carlos", disse Tuma.

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