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Tuma pedirá documentos de suposta rádio de Renan

Por ROSA COSTA E ANA PAULA SCINOCCA
Atualização:

O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), disse hoje que vai pedir ao ministro das Comunicações, Hélio Costa, todos os documentos da empresa JR Radiodifusão, suspeita de pertencer ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), mas que estaria em nome de "laranjas". Segundo denúncia da revista "Veja", em março 2005 a emissora foi registrada em nome de Tito Uchoa, primo de Renan. Dois meses depois, é feita uma nova alteração contratual e a empresa passa para o nome do funcionário do gabinete de Renan Carlos Santa Rita que, finalmente, a transferiu para o filho do senador, Renan Calheiros Filho. A revista afirma que no Ministério das Comunicações a emissora continua em nome dos laranjas José Carlos Pacheco Paes, indicado pelo ex-deputado João Lyra, e Carlos Santa Rita. Tuma confirma que, nos documentos que chegaram do ministério para análise da concessão pelo Senado, não consta o nome de Renan. "Precisamos analisar se depois houve a mudança na sociedade", afirmou o corregedor. A denúncia é objeto de uma representação de iniciativa do DEM e do PSDB. Na terça-feira, a Mesa Diretora deve encaminhar a denúncia ao Conselho de Ética. O presidente do colegiado, senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), adiou para segunda-feira a divulgação do nome dos relatores das duas representações contra Renan: a que trata da existência de "laranjas" atuando em favor do senador e a de iniciativa do PSOL sobre a suspeita de que Renan Calheiros teria favorecido a Schincariol no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e na Receita Federal. Segundo a acusação, a empresa teria pago R$ 27 milhões por uma fábrica de refrigerante pertencente ao irmão de Renan, deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), que estava prestes a fechar as portas. Quintanilha disse que convidou dois colegas para as relatorias, mas que eles pediram tempo para pensar.

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