Tuma enviará à CPI das ONGs denúncias contra Petrobras

Operação descobriu funcionários da estatal envolvidos em esquema de fraudes em licitações

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Por Rosa Costa
Atualização:

O corregedor-geral do Senado, senador Romeu Tuma (DEM-SP), informou nesta terça-feira, 17, que pedirá que as denúncias de irregularidades na Petrobrás sejam apuradas pela comissão parlamentar de inquérito (CPI) criada para investigar as organizações não governamentais (ONGs), mas ainda não instalada. Na última segunda-feira, Tuma havia se declarado disposto a apresentar à Mesa Diretora do Senado um requerimento de criação de uma CPI da Petrobrás. Nesta manhã, ele decidiu aceitar sugestão do líder do seu partido, senador José Agripino (RN) e pedir que o caso de suposto envolvimento de gerentes da Petrobrás em venda de informação privilegiada seja investigada na CPI das ONGs, a qual, na avaliação dos parlamentares, deverá ser instalada e entrar em funcionamento em agosto próximo. PF Na última sexta-feira, a A Polícia Federal informou que irá investigar a relação de políticos com empresas e organizações não governamentais (ONGs) envolvidos na quadrilha, desmantelada pela operação Águas Profundas, que desviava recursos da Petrobras mediante contratos fraudados, superfaturamento de preços e recebimento por serviços não realizados. O delegado Cláudio Nogueira, encarregado do inquérito, informou que novos elementos confirmam que há conexão entre os dois esquemas. "O modus operandi é o mesmo e até alguns personagens se repetem", disse. A ponte entre os dois esquemas, segundo Nogueira, era feita pelo empresário Ruy Castanheira, preso na operação. Ele comandaria o grupo de ONGs que recebia repasses da estatal por serviços fictícios. O empresário, ainda conforme o delegado, teria montado um "laranjal" de empresas fantasmas para emissão de notas fiscais frias. A PF prendeu, através da Operação Águas Profundas, 14 acusados de envolvimento em fraudes nas licitações para reforma de plataformas da estatal. Quatro ainda estão foragidos.

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