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Tucanos de SP tentam barrar protesto de delegados

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Por AE
Atualização:

A Associação dos Delegados de Polícia de São Paulo (Adpesp) recebeu na última sexta-feira notificação judicial para suspender a veiculação no Estado de uma campanha publicitária de protesto às condições de trabalho e salariais da categoria. Segundo informações da Adpesp, o mandado de suspensão teria sido impetrado pelo PSDB estadual, sob a alegação de que a campanha é uma propaganda eleitoral negativa. Procurado, o PSDB-SP não se pronunciou sobre o assunto. A assessoria de imprensa do candidato do PSDB ao governo, Geraldo Alckmin, informou que se tratava de uma ação partidária e não da campanha. O tema segurança pública é considerado prioridade para todos os candidatos ao governo de São Paulo e também à Presidência. O candidato do PSDB, José Serra, já anunciou inclusive a intenção de criar o Ministério da Segurança Pública, se eleito. Em informe divulgado à imprensa ontem, a Adpesp critica declaração de Serra, na última sexta-feira, em que considera "bobagem" o argumento da entidade sindical sobre o fato de os salários da categoria no Estado serem os piores do país. A presidente da Adpesp, Marilda Pansonato Pinheiro, nega intenção político-partidária. Segundo a associação, a campanha veiculada entre os dias 29 de julho e 1º de agosto teria atingido cerca de 49% do Estado, especialmente nos municípios do interior. Está prevista uma terceira fase, que seria veiculada exatamente no mês de setembro, às vésperas da eleição. Isonomia salarialA Secretaria de Segurança Pública de São Paulo contestou os dados da associação. Segundo a assessoria, o piso salarial é de R$ 5.810,30 para os delegados que atuam em cidades com mais de 500 mil habitantes, mas o salário de um delegado de Classe Especial, o topo da carreira, chega a R$ 12.600 (bruto). A pasta informa, ainda, que no Estado há isonomia salarial entre todas as polícias e que São Paulo é reconhecido nacionalmente pela drástica redução dos índices de homicídio - 10,9 para cada 100 mil habitantes, a segunda melhor colocação no ranking nacional em 2008. Ainda de acordo com a assessoria de imprensa, a incorporação do ALE (Adicional por Local de Exercício) aos salários foi um acordo com o atual governo e uma conquista da categoria. A Adpesp não se convence com os argumentos do governo estadual. "A incorporação do adicional será feita ao longo de cinco anos. Nós recebemos o pior salário do país", informa a presidente da associação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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