Tucanos ainda condicionam apoio a Temer

Para FHC, pesa sobre a permanência do PSDB no governo a ‘sucessão de denúncias’; segundo Alckmin, foco não é eleição, mas as reformas

PUBLICIDADE

Por Adriana Ferraz e Pedro Venceslau 
1 min de leitura

Após o PSDB decidir nesta semana manter o apoio ao governo Michel Temer, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador Geraldo Alckmin – dois dos mais importantes expoentes tucanos – reforçaram nesta quinta-feira, 15, em entrevistas ao Estado, condicionantes para continuar na base.

O presidente Michel Temer Foto: Rogério Melo/PR

A porta de saída para o PSDB ficou aberta. Para FHC, pesa a sucessão de denúncias contra o governo para mantê-la destrancada. Alckmin aponta para a necessidade da realização das reformas e seu êxito. Ambos, no entanto, reforçam que a postura atual do partido não reflete interesses pessoais nem eleitorais.

Para o governador paulista, se o foco dos tucanos neste momento fossem as eleições do próximo ano, a solução passaria por uma saída imediata. Segundo FHC, a situação do País é “demasiado crítica” para que interesses pessoais tivessem prevalecido durante a reunião das lideranças tucanas em Brasília, na segunda-feira. A legenda participa hoje do governo Temer com quatro ministérios – Relações Exteriores, Cidades, Governo e Direitos Humanos.

No Congresso, o apoio pode representar até 46 votos de deputados e dez de senadores. Após escapar de uma cassação, na semana passada, pelo Tribunal Superior Eleitoral, Temer já calcula os votos que precisará reunir para evitar que a Câmara dos Deputados autorize o Supremo Tribunal Federal a instaurar uma ação penal contra ele. Isso no caso de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentar de fato uma denúncia. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.