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Tucano lança plano com elogios a Lula e Serra

Apresentação das propostas de governo se deu em meio a ?arena? montada para filmar programa de TV

Por Silvia Amorim
Atualização:

Com propostas vagas, sem muitos detalhes, o candidato do PSDB , Geraldo Alckmin, apresentou ontem o seu programa de governo para a Prefeitura de São Paulo. O tucano mesmo, ao divulgar ontem o caderno de 58 páginas, disse que o documento trazia somente diretrizes e que as discussões continuariam para aperfeiçoar o plano. Alckmin transformou a apresentação do plano na gravação de parte de seu programa para o horário eleitoral de ontem à noite. Em uma arena montada para a filmagem, ele elogiou o governador José Serra e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas só a menção ao segundo foi exibida na TV. "Quero também dizer da aliança com o governo federal. O presidente Lula não é presidente do PT, é presidente do Brasil", afirmou, numa tentativa de reduzir os efeitos do depoimento de apoio de Lula a Marta Suplicy (PT). O programa de governo fala em "construir novos terminais de ônibus" e "reformar corredores existentes", mas não cita os locais prioritários. Para a habitação, promete, entre outros pontos, "urbanizar favelas", novamente sem mencionar quais das milhares existentes na cidade seriam beneficiadas. "É um trabalho que continua. Mas as diretrizes, a bússola, o norte da campanha está retratado nesse programa", justificou Alckmin. Há itens, entretanto, em que a proposta é bem mais específica. Na segurança pública, há o compromisso com a instalação de 18 mil câmeras de vídeo para monitorar equipamentos públicos. O tucano também promete ampliar para 10 mil o efetivo de 6.300 homens da Guarda Civil Metropolitana (GCM). Na educação, fala em criar 47 mil vagas em escolas de ensino infantil e reduzir o déficit de 110 mil vagas nas creches públicas. Não há menção aos Centros de Educação Unificados (CEUs), aposta de seus adversários. Na introdução do documento, assinada pelo candidato, Alckmin prega uma "revolução no trânsito e transporte". Aponta problemas e faz um mea-culpa, já que o PSDB dividiu a gestão da cidade com Kassab. "Reconhecemos o mau atendimento existente nas unidades de saúde", diz o texto.

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