Tucano diz que não vai adiantar parecer sobre impeachment
Antonio Anastasia afirma que vai trabalhar com 'serenidade'; relatório será votado no dia 6 de maio na comissão do Senado
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Por Isabela Bonfim
Atualização:
BRASÍLIA - Confirmado como relator do impeachment no Senado, o tucano Antonio Anastasia (MG) disse que vai conduzir o processo com "serenidade" e negou qualquer possibilidade de adiantar o seu parecer, antecipando a votação do afastamento da presidente Dilma Rousseff. "O plano de trabalho foi concebido exatamente para permitir que houvesse, de maneira muito salutar, a fala tanto daqueles que acusam quanto daqueles que defendem. O prazo foi determinado pelo presidente e vai se concluir na próxima sexta-feira, 6, com a votação do parecer", confirmou o senador.
Ele argumentou que, no rito determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o Senado ganhou mais responsabilidades na condução do processo de impeachment, inclusive, abrindo espaço para a defesa já na primeira fase de tramitação na comissão. Será garantida também a fala dos denunciantes, que fizeram o pedido de impeachment. O senador tucano aproveitou para esclarecer que a presidente Dilma poderá apresentar sua defesa antes e depois do parecer. "O meu relatório não é um parecer que vincula, ele não obriga a nada, ele vai ser colocado e os senadores vão discuti-lo. E é bom ouvir a defesa, novamente, após a apresentação do relatório, com considerações novas que venham a trazer", defendeu. Anastasia minimizou as críticas dos senadores governistas, que gastaram a maior parte da reunião tentando impedi-lo de assumir a relatoria do processo argumentando que lhe faltava isenção. "Eles vão perceber, no curso do trabalho, exatamente esta minha serenidade e o senso de responsabilidade que tenho no exercício de todas as funções decorrentes do meu mandato de senador, inclusive como relator desse processo", disse.
Saiba quem vai integrar a comissão do impeachment no Senado
1 / 21Saiba quem vai integrar a comissão do impeachment no Senado
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Filha do ex-presidente do Senado Ramez Tebet, Simone foieleita deputada estadual em Mato Grosso do Sul em 2002, dois anos antes de se tornar prefeita ... Foto: DivulgaçãoMais
Waldemir Moka (PMDB-MS) - Bloco da Maioria
Filiado ao PMDB desde 1981, Waldemir foi vereador de Campo Grande entre 1982 e 1986, deputado estadual por três mandatos consecutivos e também deputad... Foto: DivulgaçãoMais
Dário Berger (PMDB-SC) - Bloco da Maioria
Foto: Jefferson Rudy / Agência Senado
Antonio Anastasia (PSDB-MG) - Bloco da Oposição
Indicado pelo Bloco da Oposição para ser o relator do parecer do colegiado Foto: Fabio Motta/Estadão
Senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) Foto: André Dusek|Estadão
Gleisi Hoffmann (PT-PR) - Apoio ao Governo
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José Pimentel (PT-CE) - Apoio ao Governo
José Pimentel assumiu a cadeira no Senado em 2011 e, no mesmo ano, por indicação de Dilma Rousseff, se tornou o novo líder do governo no Congresso. An... Foto: Ed Ferreira/EstadãoMais
Lindbergh Farias (PT-RJ) - Apoio ao Governo
Indicado pelo ex-presidente Lula para concorrer ao Senado Federal nas eleições de 2010, Lindbergh foi eleito. Quatro anos mais tarde, concorreu ao car... Foto: Dida Sampaio/EstadãoMais
Telmário Mota (PDT-RR) - Bloco de Apoio ao governo
Senador Telmário Mota (PDT-RR) Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Romário (PSB-RJ) - Socialismo e Democracia
Um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro, Romário ingressou na vida política em 2009. Um ano mais tarde, foi eleito deputado federal... Foto: Dida Sampaio/EstadãoMais
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Ex-prefeito de Petrolina e deputado federal e estadual, Fernando Bezerra Coelho já se envolveu até mesmo em futebol, sendo presidente do Santa Cruz, d... Foto: Wilson Dias/ABrMais
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Eleito deputado federal em seis eleições seguidas por Mato Grosso, decidiu se candidatar a senador em 2014, sendo eleito com 646.344 votos. Atualmente... Foto: DivulgaçãoMais
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Gladson Cameli (PP-AC) - Democracia Progressista
Gladson Cameli iniciou na vida política bastante jovem e, aos 28 anos, foi eleito deputado federal pelo Acre em 2006. Quatro anos mais tarde, foi reel... Foto: Reprodução/FacebookMais
Com a decisão de Anastasia de não adiantar o relatório, é pouco provável que haja novas modificações no calendário de votação da instauração do impeachment. Não ficou confirmada, entretanto, a data de votação do parecer do relator em plenário, decisão que cabe ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).