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TSE e Genro descartam envio imediato de força-tarefa ao Rio

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Por Redação
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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Carlos Ayres Britto, e o ministro da Justiça, Tarso Genro, descartaram nesta quarta-feira o envio imediato de forças federais para garantir as eleições no Rio de Janeiro. A decisão foi tomada em reunião realizada na sede do TSE com o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, Roberto Wider. Os três se encontrarão novamente no dia 11, no Rio, para reavaliar a situação do Estado. A possibilidade de uma força-tarefa durante as eleições no Rio foi discutida depois que jornalistas que acompanhavam o candidato a prefeito Marcelo Crivella (PRB), na Vila Cruzeiro, na Penha, zona norte do Rio, foram ameaçados por homens armados com fuzis e obrigados a apagar fotos feitas no local. A Justiça eleitoral também recebeu denúncias de que o tráfico e a milícia estariam financiando políticos e impedindo candidatos não alinhados a eles de subir o morro para fazer campanha. "A nossa constatação é que em um primeiro momento a Força Nacional de Segurança não precisa ser solicitada, até porque estamos em um momento de programação de trabalho", disse Genro a jornalistas depois da reunião. O diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, também esteve presente. O ministro da Justiça ressaltou que a Polícia Federal continuará a fazer o trabalho de inteligência no Rio de Janeiro e colocou a Polícia Rodoviária Federal à disposição da Justiça Eleitoral, que tem a prerrogativa de requisitar a presença de forças federais em eleições se achar necessário. Segundo o presidente do TSE, enquanto não for definida a necessidade do envio da Força Nacional de Segurança ou das Forças Armadas ao Rio de Janeiro, ocorrerá um "mutirão" entre as polícias dos Estados e a Polícia Federal. Britto reiterou que a Justiça Eleitoral garantirá a inviolabilidade das urnas eletrônicas, a liberdade de imprensa e a realização de campanhas por todos os candidatos. "O risco de que segmentos fora da lei estejam patrocinando candidaturas próprias, significando então boicote e violência a candidaturas alheias, está existindo. É contra ele que nós estamos nos mobilizando", declarou Carlos Ayres Britto. (Reportagem de Fernando Exman)

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